Film Fest 2022 | As Comédias de Alice - Disruption Ensemble e Conservatório Regional de Setúbal

A exibição de cinco curtas-metragens da série “As Comédias de Alice”, acompanhada de música ao vivo pelo projeto Disruption Ensemble e pelo Conservatório Regional de Setúbal, encerrou no dia 16 de outubro, no Fórum Municipal Luísa Todi, a quarta edição do Film Fest.


O evento, organizado pela Câmara Municipal de Setúbal, registou a presença de cerca de duas mil pessoas em pouco mais de uma dezena de sessões de apresentação de filmes sonorizados por bandas sonoras exclusivas interpretadas ao vivo, no Fórum Municipal Luísa Todi e no Cinema Charlot – Auditório Municipal, bem como em workshops, entre os dias 6 e 16.

A sessão de encerramento do Film Fest – Festival de Cinema Musicado ao Vivo exibiu cinco curtas-metragens de Walt Disney, produzidas entre 1924 e 1927, que relatam as peripécias e aventuras de Alice e do seu cão, as únicas personagens de “carne e osso” num mundo imaginário de animação.

A exibição das películas foi acompanhada de música ao vivo pelo projeto Disruption Ensemble e por um grupo de alunos do Conservatório Regional de Setúbal. A atriz Célia David, do Teatro Animação de Setúbal, fez a locução dos intertítulos.

Os últimos dias do festival contaram, ainda, com a exibição de “Náufragos da Vida”, de Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack, a 14, à noite, no Cinema Charlot – Auditório Municipal, com música ao vivo por Eduardo Ramos, alaúde árabe, gamry e zukra, e Carlos Mendonça, flautas e percussão.

A “Sessão Dupla”, no dia 15o, igualmente no Cinema Charlot, apresentou dois filmes de Robert Florey, “A vida e morte de 9413, um figurante de Hollywood” e “O amor de Zero”, acompanhados de música ao vivo por Von Calhau!, e “O Ferróviário”, de Gerald Potterton, musicado por Um Corpo Estranho.

A quarta edição do Film Fest contou, igualmente, com uma homenagem ao realizador português Manoel de Oliveira, na sessão inaugural, no dia 6, no Fórum Municipal Luísa Todi, com a exibição dos filmes “O Pintor e a Cidade” e “Douro, Faina Fluvial”, acompanhados da música criada pelo projeto Sensible Soccers.

A 7, foram exibidas curtas-metragens coloridas à mão por Élisabeth e Berthe Thuillier, com música ao vivo a cargo de Filipe Raposo, e a 8, a sessão “Politicamente Incorreto”, contemplou as curtas-metragens “Tenho seguro”, “A mão que rouba”, “Artheme engole o clarinete”, “Princesa nicotina; ou, a Fada do fumo” e “O mistério do peixe saltador”. A banda sonora esteve a cargo do Trio Phi, de Sylvain Barreto, João Toscano e Vasco Faim.

No dia 8, também no Cinema Charlot, passou “Uma página de loucura”, de Teinosuke Kinugasa, com música ao vivo e performance benshi por Atsuko Kamura, numa sessão que contou com a presença de representantes da Embaixada do Japão em Portugal.

A 9, a exibição de “Sol e Sombra”, de Musidora e Jacques Lasseyne, foi acompanhado de música composta por Gonçalo Simões e interpretada ao vivo, sob a direção musical de Nuno Batalha, por Rita Malão, Samuel Santos, Tiago Alexandre, Gonçalo Simões e o Coro Feminino TuttiEncantus.

“O cozinheiro”, de Roscoe “Fatty” Arbuckle, e “A cabra”, de Buster Keaton, foram os filmes exibidos a 12, em duas sessões para escolas, acompanhados de música ao vivo pela pianista Joana Rolo.

A sessão “Ilustres Desconhecidos”, no dia 13, no Cinema Charlot – Auditório Municipal, dedicada às Coleções do San Francisco Silent Film Festival, exibiu as películas “Ao que o mundo chegou!” e “Agora estamos no ar (fragmento)”, de Frank R. Strayer, com música a cargo de Armindo Neves, guitarra, e Luís Martins, contrabaixo.

A quarta edição do Film Fest – Festival de Cinema Musicado ao Vivo contou ainda com um conjunto de workshops que registaram lotação esgotada.

O Film Fest desenvolve e expande o formato do cine-concerto, exibindo filmes reconhecidos do público e abordando o cinema de autor, particularmente o mudo, dando, enfoque ao som e à música através do olhar criativo de vários artistas que, ao acompanharem ao vivo a exibição destas obras, criam bandas sonoras singulares.