Para a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, é importante debater “as melhores formas de fazer com que este setor do turismo ganhe ainda maior dimensão, mas, acima de tudo, melhor qualidade”.

A autarca, que abriu os trabalhos do encontro “Gastronomia do Mar e Turismo das Regiões”, inserido nas ações da marca Setúbal Terra de Peixe, com organização partilhada entre o município, a Associação Baía de Setúbal e a Docapesca, sublinhou que o concelho “é hoje, como nunca foi, um polo turístico que se afirma pela excelência dos serviços de restauração e começa também a ter uma hotelaria de grande qualidade”.

Maria das Dores Meira defende que é fundamental aliar esta “enorme vantagem comparativa que é uma rica gastronomia do mar” a outros aspetos, como o facto de Setúbal ser hoje “uma das regiões mais seguras da Europa”.

A autarca indicou que um trabalho da revista Le Vif L’Express, a principal publicação semanal de informação belga, com uma tiragem de perto de 100 mil exemplares, conclui que Setúbal é uma das dez cidades mais seguras do mundo.

De salientar, igualmente, que Setúbal é considerado, de acordo com um estudo da Bloom Consulting, empresa especializada em estratégia de branding de países, regiões e cidades, um dos municípios mais apelativos para viver, visitar e investir.

Setúbal ascendeu ao Top 10 do Portugal City Branding Ranking 2017, consolidando o crescimento registado nos últimos anos.

Maria das Dores Meira recordou ainda que os dados em matéria de procura turística confirmam que “Setúbal tem crescido como nunca cresceu”, devido a uma conjugação de fatores como a procura para a prática desportiva, a fruição de espaços naturais de grande beleza e o usufruto da gastronomia e dos vinhos do concelho.

O encontro, que conta com um leque de oradores das áreas de turismo, indústria, comércio e ensino, numa partilha de experiências e contributos para as políticas orientadas para a sustentabilidade do turismo e das pescas, prosseguiu com uma alocução de Ricardo Santos sobre “O papel da pesca no turismo”.

O presidente da Sesibal – Cooperativa de Pesca de Setúbal, Sesimbra e Sines lembrou que a história local está “intrinsecamente ligada ao mar”, fator que constitui um atrativo turístico.

“A pesca teve desde sempre um papel preponderante na economia do concelho. A indústria conserveira cresceu em torno dela e atraiu investidores franceses, que aqui construíram as suas fábricas de conservas.”

Para Ricardo Santos, Setúbal tem “do melhor peixe da Europa”, o que justifica a aposta na gastronomia “para projetar a região”.

A “Valorização de espécies de pescado de baixo valor comercial” foi o tema abordado na intervenção seguinte, por Graça Cavaco, da Docapesca, enquanto Afonso Rocha, da Conserveira Belmar, falou sobre “A diversidade culinária – do mar ao prato”.

O encontro prossegue até às 18h30 com intervenções de Maria José Pires, da Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril, sobre “Narrativas da Gastronomia do Mar”, e de Sílvia Afonso e Nuno Oliveira, da Makro, sobre o “Valor económico da gastronomia do mar”.

“Gastronomia do mar como recurso turístico” é o tema de uma apresentação da diretora da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, Maria João Carmo, a que se segue “Gastronomia como produto turístico – Setúbal Terra de Peixe”, por Fernanda Correia, do Gabinete de Turismo da Câmara Municipal de Setúbal.

No final do encontro, é aberto um período de debate para perguntas do público, moderado por Jorge Humberto, da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, e há uma degustação de produtos do mar.

O colóquio “Gastronomia do Mar e o Turismo das Regiões” integra as iniciativas de promoção e valorização das atividades relacionadas com o mar no âmbito da marca Setúbal Terra de Peixe, lançada em 2012 pela Câmara Municipal de Setúbal.

 

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