“À beleza dos nossos roazes corvineiros quisemos aliar o talento de 20 equipas de vários pontos do País, que aceitaram o desafio de exaltar este maravilhoso habitante do Sado”, sublinhou a presidente da Autarquia, Maria das Dores Meira na inauguração da exposição, no dia 8.

Inspirados em temas como Bocage, o Sado e até mesmo os próprios locais de origem dos concorrentes, criatividade e imaginação não faltaram às equipas e aos participantes a título individual, em que constam artistas plásticos, alunos, docentes e simples apaixonados pela pintura.

A exposição das réplicas dos animais, em que cada exemplar tem uma frase associada, abrange gostos variados. Cores diversas, mais ou menos garridas, padrões que levam a um olhar mais prolongado, simples pinturas de palmas de mãos de crianças ou um golfinho “transformado” em vaca, há de tudo.

O “Golfinho Parade” é composto por 20 réplicas dos cetáceos, que reproduzem três das posições-base do movimento dos golfinhos acima da linha de água, em concreto quando estão a sair (sete modelos), quando descrevem o arco central (seis) e quando mergulham (sete).

Grândola, Santiago do Cacém, Vila Pouca de Aguiar, Ponte de Sor, Bombarral, Aljustrel, Marinha Grande, Torres Vedras, Montijo, Palmela e Setúbal são os locais de proveniência das equipas cujos trabalhos fazem parte do leque de finalistas, muitas delas oriundas de estabelecimentos de ensino.

“É na nossa cidade que se encontra o mais importante habitat natural para a conservação do roaz corvineiro e, por isso, está preenchido um dos requisitos naturais exigidos pela Unesco para que a Baía de Setúbal beneficie de importantes mais-valias, principalmente na projeção da cidade a nível internacional”, reforçou Maria das Dores Meira.

O júri deste concurso promovido pela Autarquia foi composto por Manuel Augusto Araújo, assessor para a Cultura da Câmara Municipal de Setúbal, Sérgio Vicente, docente de Escultura na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, Margarida Rocha, professora na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal, Carla Russo Cardoso, professora de Educação Visual do Agrupamento de Vertical de Escolas de Aranguês e Andreas Stöcklein, artista plástico.

 

O “Golfinho Parade” está em exposição até ao final de setembro numa área defronte da Doca dos Pescadores, local que, recentemente, foi alvo de uma intervenção urbanística.

“No âmbito de um protocolo de colaboração entre a Câmara Municipal e a Fundação Buehler-Brockhaus, que apoiou financeiramente a obra, reabilitámos um espaço muito bonito, onde podem ser observados elementos singulares da identidade setubalense e que estava desaproveitado”, explicou a autarca.

Os arranjos urbanísticos incluíram a plantação de 14 coqueiros, a execução de trabalhos nas áreas circundantes e a instalação de diverso mobiliário urbano, em concreto bancos, papeleiras e parqueamento para bicicletas.

O reforço da iluminação pública e a colocação de pilaretes, com o intuito de travar o estacionamento abusivo naquela área, foram outras ações deste projeto.

Os trabalhos vêm complementar outras intervenções lideradas pela Autarquia na revitalização da frente ribeirinha, em concreto a primeira fase da reconversão da Praia da Saúde, obras já iniciadas, que visam a criação de uma zona balnear dotada de equipamentos de uso coletivo e novas acessibilidades.

“A Câmara está a executar o grande objetivo de aproximar a cidade do rio”, reforçou Maria das Dores Meira, meta que se materializa num corredor requalificado em frente do Sado, que já incluiu a recuperação da Avenida Luísa Todi e a criação do Parque Urbano de Albarquel.