Reunião do Grupo Mitrena - 14 de dezembro de 2022 - retoma das reuniões pós-pandemia

O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, destacou no dia 14 de dezembro a importância do Grupo da Mitrena para a prevenção de catástrofes e para o reforço das condições de intervenção em situações de perigo naquela área industrial.


“Espero que todos em conjunto, Câmara Municipal e empresas, possamos fazer um caminho de parceria e constituir uma comunidade mais bem preparada para uma intervenção mais imediata em situações de risco”, afirmou o autarca em reunião realizada na tarde do dia 14 de dezembro, no auditório do Mercado do Livramento, a qual marcou a retoma dos trabalhos do Grupo da Mitrena, interrompidos nos últimos dois anos devido à pandemia.

A realização do exercício Mitrex 2012 foi o marco de saída para a constituição do grupo informal que resulta de uma parceria entre o município de Setúbal e as empresas localizadas na península da Mitrena no sentido de criar canais de comunicação direta para situações de planeamento e resposta a emergências e de constituir um espaço de análise de temas relacionados com a segurança coletiva das indústrias.

O grupo reúne regulamente para debate e participação ativa em questões de segurança “num caminho que é agora retomado”, com a análise dos próximos passos e do ponto de situação dos projetos que se encontravam em curso.

Um dos processos a decorrer é a criação do CIGE – Centro Internacional de Gestão de Emergência que será “o primeiro equipamento do país vocacionado para dar formação do ponto de vista técnico e da operacionalidade” a bombeiros, agentes da proteção civil e a empresas, a nível regional, nacional e internacional.

O presidente André Martins revelou que o projeto se encontra numa “fase de procura de financiamentos” para a construção do equipamento que ficará localizado na zona da Sapec Bay.

“Apresentamos o projeto ao coordenador do Plano de Recuperação e Resiliência para a possibilidade de financiamentos. Andamos a bater várias portas.”

A formalização do Grupo Mitrena atualmente em fase de estudo, é outro aspeto essencial, de acordo com André Martins, com o objetivo de “criar uma entidade para coordenar as ações em situações de risco e sensibilizar as empresas para darem todas as informações necessárias sobre a atividade que desenvolvem”.

 Sobre esta matéria, o assessor municipal para a Proteção Civil, José Luís Bucho, explicou que uma das opções que se coloca é a constituição de “uma espécie de condomínio para tratar da segurança da Mitrena”.

O estabelecimento de protolocos entre a Câmara Municipal, o Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros, a Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal e as empresas para formação dos trabalhadores, divulgação de medidas de autoproteção, planos prévios de intervenção e visitas de bombeiros também é essencial no caminho da formalização do Grupo da Mitrena.

“Existimos como grupo informal há vinte anos e temos de dar o passo seguinte”, afirmou José Luís Bucho.

O responsável apresentou, igualmente, o ponto de situação da revisão do Plano de Emergência Externo da Península da Mitrena.

“As empresas já entregaram os seus planos à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. Estamos a pressionar para que sejam analisados, mas temos de aguardar.”

A realização do terceiro exercício Mitrex, que ficou agendado para o final do próximo ano, e da Conferência Internacional Riscos, Segurança e Cidadania, a realizar nos dias 17 e 18 de abril de 2023, com o tema “Segurança e Turismo”, foram outros assuntos abordados na reunião do Grupo da Mitrena.

A próxima reunião ficou agendada para a segunda quinzena de março.