A iniciativa, que integra o programa de comemorações do 98.º aniversário do orfanato, contou com a presença da presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, que recordou o facto de o edifício que acolhe hoje a Casa da Baía ter sido a casa do Orfanato Municipal Presidente Sidónio Pais, que viria a chamar-se mais tarde apenas Orfanato Municipal de Setúbal.

São esses tempos passados no antigo Convento da Soledade que António dos Santos relata no livro apresentado ontem, “deixando o registo escrito de tempos difíceis que não voltam” e que recorda com um misto de amargura, saudade e alegria.

“Aqui aprenderam-se profissões, brotaram amizades para a vida. Fez-se a história da cidade com homens como António dos Santos, que fez a sua vida nas artes gráficas setubalenses”, recordou a autarca.

Maria das Dores Meira agradeceu ao autor por fixar no papel “partes da história da cidade e acrescentar mais um tijolo a esta grande construção que é a identidade coletiva”.

Em “O Fantasma do Convento da Soledade”, António dos Santos descreve histórias passadas no antigo Orfanato Municipal, sobretudo relacionadas com a eventual presença de um fantasma, que, durante vários anos, assombrou gerações de alunos que julgavam tratar-se da alma peregrina do 3.º Marquês das Minas, sepultado na capela do asilo.

Foi este marquês quem, no século XVIII, mandou construir o Convento das Irmãs da Soledade, que viria a acolher Orfanato Municipal de Setúbal, inaugurado a 18 de maio de 1919.

 

Documentos Relacionados