“Revisitando a Setúbal de Seiscentos: Almeida Carvalho e Outros Olhares” foi o título que serviu de ponto de partida ao encontro, que decorreu no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal.
A historiadora e professora da Universidade de Évora Laurinda Abreu explorou os últimos 400 anos da história de Setúbal, tarefa para a qual é essencial recorrer aos contributos deixados por Almeida Carvalho, setubalense que viveu entre 1817 e 1897 e cujas investigações constituem, hoje, o principal arquivo do concelho.
A conferência, que encheu o auditório do Museu de Arqueologia e Etnografia, gerou um debate muito participado entre a conferencista e o público sobre a evolução dos métodos de investigação e de análise de dados históricos desde o período de Almeida Carvalho até aos nossos dias.
As Comemorações do II Centenário do Nascimento de João Carlos d’Almeida Carvalho prosseguem no dia 3, com a inauguração da exposição documental “Almeida Carvalho nas suas múltiplas dimensões”, no Arquivo Distrital de Setúbal.
O programa comemorativo, a decorrer até setembro, é uma iniciativa do Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, em parceria com a Câmara Municipal, contando ainda com o envolvimento da Associação de Municípios da Região de Setúbal, do Arquivo Distrital de Setúbal, da Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão e da Universidade Sénior de Setúbal.
Almeida Carvalho, natural de Setúbal, foi um dos percursores do estudo sistemático e científico da história da região. Destacou-se ainda noutros setores da sociedade portuguesa do século XIX, como a política, e está na génese do associativismo mutualista em Setúbal.
