A Floresta Muito Mais do Que Madeira - exposição - Largo José Afonso

Uma exposição sobre o ecossistema florestal e as principais espécies arbóreas da Península Ibérica está patente entre 6 de março e 25 de abril, no Largo José Afonso.


“A Floresta – muito mais do que madeira”, a primeira exposição itinerante em Portugal da Fundação “la Caixa”, numa organização conjunta com o BPI, em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal, alerta para a importância ambiental, económica e social das florestas, através de diversos recursos, instalados num espaço com 30 por 10 metros.

A presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, considera que se trata de uma “extraordinária exposição” que mostra, acima de tudo, quais “as mais-valias que nos trazem estes recursos naturais e porque os devemos preservar a todo o custo num tempo em que tantas ameaças ambientais se abatem sobre o planeta que é a nossa casa comum”.

Na inauguração, que teve início com uma visita guiada pelo comissário da mostra, Paulo Magalhães, a edil setubalense garantiu que do município está “verdadeiramente empenhado na melhoria da qualidade ambiental do concelho” e na minimização das consequências das alterações climáticas.

Como exemplo desta aposta, destacou o Parque Urbano da Várzea, “um grande e qualificado parque com 19 hectares”, onde serão plantadas 700 árvores e 30 mil arbustos, que será criado sobre uma enorme bacia de retenção pluvial e prevenção de cheias, atualmente em construção e que deverá estar concluída ainda em 2019.

“Estamos, de facto, a trabalhar para que Setúbal se torne um exemplo a nível europeu na área do ambiente.”

A exposição hoje inaugurada já passou por Espanha com o nome “O Bosque” e está agora num périplo por Portugal.

O objetivo, segundo o presidente honorário do conselho de administração do BPI, Artur Santos Silva, é “sensibilizar a população para a importância de aproveitar e valorizar melhor a floresta”.

“A Floresta – muito mais do que madeira” é “uma exposição diferente na maneira como aborda a floresta, pois mais do que uma exposição sobre a floresta é uma exposição sobre a vida”, destacou o comissário Paulo Magalhães, no início de uma visita guiada em que explicou o que os visitantes podem ver nesta mostra.

A primeira parte da mostra centra-se na organização hierárquica dos diferentes níveis de vida, desde a biosfera até ao nível microscópico, e percorre os diferentes elementos que compõem e caracterizam os ecossistemas florestais e as suas dinâmicas naturais.

Na segunda parte da exposição, dedicada às árvores, principais protagonistas destes ecossistemas, os visitantes ficam a conhecer melhor as partes constituintes de uma árvore, as funções de suporte e de captação das raízes e como se expandem as florestas através das sementes.

A mostra apresenta, igualmente, um percurso pelas principais espécies arbóreas da Península Ibérica, nomeadamente cinco exemplares excecionais de árvores de Portugal que por motivos morfológicos, históricos ou culturais são considerados únicos, concretamente a Oliveira do Mouchão, em Abrantes, a Castanheira de Vales, em Vila Pouca de Aguiar, o eucalipto da Mata Nacional de Vale de Canas, em Torres do Mondego, a Azinheira do Porto das Covas, em Loulé, e o Assobiador, em Palmela.

Finalmente, na última parte da exposição, com o tema “Floresta e Ser Humano”, é explicada a evolução dos usos que as florestas tiveram ao longo da história e qual o seu papel na atualidade.

A mostra “A Floresta – muito mais do que madeira” pode ser visitada até 25 de abril, no Largo José Afonso, de segunda a sexta-feira das 12h00 às 14h00 e das 15h00 às 20h00 e aos sábados, domingos e feriados das 11h00 às 14h00 e das 15h00 às 20h00.

A exposição também está aberta a visitas guiadas para o público em geral, de segunda a sexta-feira, às 18h00, e aos sábados, domingos e feriados, às 12h00 e às 18h00, e a visitas de grupos escolares, de segunda a sexta-feira das 09h30 às 13h30 e das 15h00 às 17h00.

As marcações devem ser feitas através do contacto telefónico 211 216 262.

A Fundação ”la Caixa”, com sede em Espanha e uma das mais relevantes a nível internacional, iniciou em 2018 a sua implantação em Portugal, consequência da entrada do BPI no Grupo CaixaBank.