A intervenção, executada pela Junta de Freguesia de S. Simão em colaboração com a Câmara Municipal de Setúbal e com o apoio de mecenas, consistiu em ações de beneficiação do lavadouro, centradas na consolidação interior e exterior do edifício e na reabilitação do tanque.

“Recuperámos um importante pedaço da história de Vendas de Azeitão. É uma questão sentimental que está ligada a este espaço, um antigo local de convívio da população e que passa a estar novamente disponível para utilização”, sublinha o presidente da Junta de Freguesia de S. Simão, João Carpelho.

O lavadouro está disponível para visitas ou mesmo lavagem de roupa nos dias de semana das 08h30 às 17h00, podendo também ser utilizado para o desenvolvimento de variadas atividades lúdicas e culturais direcionadas para os mais novos.

Os trabalhos, ao longo de mais de um mês, incluíram a reparação de uma parede em risco de queda, a reparação de áreas do telhado, a recuperação dos portões e a colocação de um pavimento novo em calçada portuguesa na zona de entrada.

Nos tanques de lavagem, além de ações pontuais de requalificação, incluindo a limpeza de todas as pedras existentes, foi reformulado o sistema de tubagem que permite o fornecimento de água para o lavadouro, ligado à rede pública.

“O lavadouro está preparado para no futuro poder ser fornecido por água proveniente de uma fonte subterrânea que, atualmente, já serve o fontanário do Largo do Chafariz”, adiantou João Carpelho, reforçando que os trabalhos realizados tentaram “preservar ao máximo os traços arquitetónicos originais”

Na reabertura do lavadouro, a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, enalteceu o trabalho de valorização executado no equipamento público e destacou a importância da política de descentralização de competências da Autarquia nas juntas de freguesia.

A cerimónia contou com um momento de animação pelo Teatro do Elefante, numa encenação que, de forma humorística, recordou a antiga maneira de lavar a roupa.

Na reabertura estiveram presentes muitos populares, com os mais antigos a lembrar episódios em torno do lavadouro, enquanto os mais novos pediram desejos ao lançar pequenos barcos de papel nas águas dos tanques de lavagem.