A mostra, de caráter itinerante, é composta por mais de três dezenas de gravuras, da coleção da Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, que apontam um percurso gráfico revelador de um outro percurso, o pictórico, e dão a conhecer a todos os públicos a obra de um dos mais conceituados artistas plásticos portugueses do século XX. 

As 33 obras foram concebidas com recurso a técnicas desde o buril à água, tinta, serigrafia e litografia, entre 1960 a 1991, com uma diversidade temática e plástica, de representações mais abstratas a figurativas, todas elas resultantes de um similar percurso da artista na pintura.

De todas as técnicas utilizadas, Maria Helena Vieira da Silva preferia o buril, a gravura a preto e branco, pela luz que permite com os contrastes da gama de cinzentos, embora os constrangimentos específicos de outras técnicas, como a litografia e a serigrafia, não tenham condicionado o objetivo criador.

A exposição, organizada pelo Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal e pela Associação de Municípios da Região de Setúbal, com o apoio da Junta de Freguesia de São Sebastião, pode ser visitada até ao dia 31 de maio, de terça-feira a sábado, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.

A par da mostra, até ao final de maio é possível admirar dois cartazes, elaborados por altura do primeiro aniversário da Revolução dos Cravos, e assistir ao filme “Vieira da Silva – A memória do mundo”, realizado por Alexandre Reina, em 2004.