“Esta é uma programação excelente que foi muito bem escolhida para nos alegrar”, salientou a diretora do certame, Fernanda Silva, no dia 22, na Casa da Cultura, no encontro de apresentação desta edição, orçada em 300 mil euros, igual ao do ano passado.

Fernanda Silva referiu que “tudo foi apoiado como tinha de ser em ano de crise”, enaltecendo o esforço da Câmara Municipal de Setúbal em manter a verba de 115 mil euros, montante igual ao atribuído em 2012, no apoio ao 29.º Festroia.

“Era impensável fazer o festival sem o apoio da Câmara, que é o principal patrocinador oficial”, referiu, “não só pela quantia mas também por todo o apoio logístico”, que inclui a cedência das salas Fórum Municipal Luísa Todi, Cinema Charlot – Auditório Municipal e Casa da Cultura.

E em ano de crise, o Festroia oferece 20 bilhetes em cada sessão a pessoas em situação de desemprego. Também as sessões infantis, à terça e quinta-feira, às 11h00, no Cinema Charlot, são gratuitas para as escolas.

Na edição deste ano, Fernanda Silva destacou a cinematografia da Bélgica, país homenageado e que a “maior parte das pessoas não conhece”.

“Eles são realmente muito bons”, referiu, justificando a escolha da mostra com 30 películas, 21 longas e nove curtas-metragens, produzidos nos últimos dez anos, provenientes das regiões francófona e flamenga, alguns ainda em competição noutros festivais de cinema.

Jan Decleir, que já recebeu seis vezes o prémio de melhor ator da Bélgica, é o homenageado desta edição com o Golfinho de Ouro de Carreira, galardão entregue na cerimónia de abertura, no dia 7, seguindo-se a exibição do primeiro filme do festival “Hasta la Vista”.

Embora de 1992, “Daens”, que integra a mostra de filmes da Bélgica, é um dos 90 trabalhos, entre longas, curtas e telefilmes, em que o ator participou. “É um ator de todas as estações”, brincou Fernanda Silva, parafraseando um amigo belga.

O amor também está bem representado no 29.º Festival Internacional de Cinema de Setúbal, com um ciclo de 14 longas-metragens europeias recentes.

Em competição, entre estreias, histórias verídicas e comédia, estão 15 filmes na Secção Oficial, produzidos em países como Finlândia, Noruega, Islândia e Chile. Destaque ainda para a coprodução Uruguai/Portugal “Darwin’s Corner” nas Primeiras Obras, e para os 21 documentários com temáticas atuais na secção Homem e a Natureza.

A diretora do Festroia assinalou ainda a qualidade das quatro curtas-metragens vencedoras do concurso “Curtas Sadinas 2013” que integram a Mostra do Cinema Português. “Foi o melhor ano de Curtas Sadinas”, elogiou.

A um ano da edição 30, o Festroia homenageia o fundador do festival, Mário Ventura, com uma exposição de pintura do italiano Renzo Fegatelli, jornalista, pintor e crítico de cinema, que acompanhado o festival desde o início. A mostra fica patente no Fórum Municipal Luísa Todi no decorrer do certame.

A presidente da Autarquia, também presente na conferência de imprensa, referiu que são “muitos anos a fazer Festroia”, mas que em 2014 há que fazer uma edição “em grande” para comemorar os 30 anos.

Quanto ao apoio do Município, Maria das Dores Meira referiu que ele é concedido “com muito prazer”, quer em termos financeiros, quer logísticos.

“Esta festa do cinema é um dos mais importantes festivais do País e uma das primordiais manifestações artísticas da cidade”, salientou Maria das Dores Meira, ao destacar os “excelentes filmes” fora dos circuitos comerciais que distinguem o Festroia.

A programação do 29.º Festival Internacional de Cinema pode ser consultada em www.festroia.pt.