Círio Fluvial - Festas de Nossa Senhora do Rosário de Troia - 2019

Perto de duas centenas de embarcações de pesca e de recreio engalanadas participaram no círio fluvial de encerramento das Festas de Nossa Senhora do Rosário de Troia, que, no dia 19, trouxe a imagem da santa padroeira dos pescadores a Setúbal.


A procissão de barcos, de ligação de Troia a Setúbal, foi recebida por centenas de pessoas ao longo da zona ribeirinha setubalense, com lenços brancos para acenar à imagem de Nossa Senhora do Rosário de Troia, ponto alto da tradicional festa de fé e de convívio da comunidade piscatória, realizada nos dias 17, 18 e 19.

Para o presidente da Comissão de Festas de Nossa Senhora do Rosário de Troia, Armando Oliveira, “esta foi a melhor edição de sempre”, mobilizando um total de 190 embarcações. As expetativas da organização, garante, “foram superadas”.

Transportada pela embarcação “Filipe e Pedro”, a imagem de Nossa Senhora do Rosário de Troia regressou a Setúbal num cortejo que coloriu as águas do rio Sado ao fim de três dias de festividades, as quais levaram centenas de pessoas a acampar na Caldeira de Troia.

A presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, viajou na embarcação que transportou a imagem da santa padroeira dos pescadores, ao lado dos presidentes da União das Freguesias de Setúbal, Rui Canas, e da Junta de Freguesia de São Sebastião, Nuno Costa.

Após três dias de tríduo na Igreja de São Sebastião, em Setúbal, a 14, 15 e 16, os participantes rumaram a Troia, a 17, para um convívio entre famílias, onde decorreram celebrações religiosas, divertimentos, bailes e um espetáculo de fogo de artifício no dia 18.

Na edição deste ano das festas, organizadas com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal, da Junta de Freguesia de São Sebastião e da União das Freguesias de Setúbal, a vitória do concurso de barcos engalanados coube à embarcação “O Nabo”, na categoria com mastro, e a “Virgem Medianeira”, na classe sem mastro.

A manifestação religiosa tem cariz sistemático centenário, mas os primeiros registos de sacralidade do local, a Caldeira de Troia, datam de há cerca de quinhentos anos.

A adoração a Nossa Senhora do Rosário de Troia resultará de um incidente com pescadores em aflição que conseguiram abrigo na Caldeira. Descobriram uma imagem de madeira nas margens, alegadamente proveniente de uma embarcação estrangeira, o que os fez acreditar que foram salvos por ela.

O episódio reforçou a componente sagrada do sítio e relançou o culto pela população.