Facultar uma reflexão sobre o papel dos arquivos no mundo é o objetivo central do Dia Internacional dos Arquivos, celebrado internacionalmente a 9 de junho, instituindo-se a data pela Assembleia-Geral do Conselho Internacional de Arquivos, em novembro de 2007
A data foi escolhida por ter sido precisamente neste dia, a 9 de junho de 1948, que a UNESCO criou o Conselho Internacional de Arquivos.
Na base desta efeméride está o papel dos arquivos enquanto entidades que registam decisões, ações e memórias, constituindo-se o arquivo num património único e insubstituível, centrado na transmissão da informação de uma geração às seguintes.
Os documentos são geridos, desde a sua criação, para preservar o seu valor e significado, constituindo-se como fontes primárias de informação sobre ações nomeadamente administrativas.
Os arquivos têm um papel essencial no desenvolvimento das sociedades ao contribuir para a constituição e salvaguarda da memória individual e coletiva. O livre acesso aos arquivos enriquece o conhecimento sobre a sociedade humana, promove a democracia, protege os direitos dos cidadãos, e, consequentemente, contribui para a qualidade da vida comunitária.
Indissociavelmente da celebração do Dia Internacional dos Arquivos encontramos a Declaração Universal sobre os Arquivos, que assenta nos objetivos de cimentar e aprofundar o Programa de Registo da Memória do Mundo.
Isto foi adotado pela Assembleia-Geral do Conselho Internacional de Arquivos, realizada em 17 de setembro de 2010, em Oslo, e aprovado na 36.ª sessão da Conferência Geral da UNESCO, reconhecendo-se assim o caráter singular dos arquivos “como evidência autêntica das atividades administrativas, culturais e intelectuais e como um reflexo da evolução das sociedades”.
Também o caráter fundamental dos arquivos no apoio à condução eficiente, responsável e transparente de negócios, a proteção dos direitos dos cidadãos, a fundamentação da memória individual e coletiva, a compreensão do passado e a orientação de ações futuras são apontados no documento. Para a persecução do papel dos arquivos é importante ter em conta a sua diversidade ao registarem todas as áreas da atividade humana, visando-se a multiplicidade de suportes e formatos em que os documentos são produzidos, incluindo papel, audiovisual, digital e outros, bem como o papel dos arquivistas, profissionais qualificados com formação apropriada e contínua que servem as suas sociedades apoiando a produção, seleção e conservação dos documentos, tornando-os disponíveis para o uso.
Finalmente referido, a importância e responsabilidade de todos enquanto cidadãos, gestores ou proprietários de arquivos públicos ou privados, arquivistas e outros profissionais do setor dos arquivos em todo o mundo, numa missão fulcral que é desempenhada por uns e em prol de todos.
