O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, visitou no dia 24, de manhã, as obras das bacias de retenção em construção na zona da Várzea, projeto da Câmara Municipal de Setúbal que classificou como uma solução inteligente para resolver o problema de cheias na cidade.


O ministro do Ambiente deslocou-se a Setúbal para observar a evolução dos trabalhos que vão também dar origem ao futuro Parque Urbano da Várzea, projeto da responsabilidade da Câmara Municipal de Setúbal.

Este é “um exercício de adaptação das cidades àquilo que são as alterações climáticas. E é um exercício, de facto, de grande inteligência”, sublinhou João Matos Fernandes.

O projeto, conduzido pela autarquia sadina, obteve financiamento comunitário em 85 por cento através do PO SEUR – Programa Operacional Sustentabilidade no Uso de Recursos, gerido pelo Ministério do Ambiente.

João Matos Fernandes destacou, ainda, a relevância desta intervenção na cidade de Setúbal, não apenas porque será “uma importante bacia de retenção com capacidade para mais de 200 mil metros cúbicos, mas que também terá a dupla função de ser uma zona de convivência [para a população].

Mais-valias que foram enaltecidas pela presidente da Câmara Municipal de Setúbal. Maria das Dores Meira adiantou que “esta solução vai resolver a questão das cheias de uma vez por todas”.

Cenário que, para o vereador das Obras Municipais, Carlos Rabaçal, “tem um valor histórico de grande importância para Setúbal, pois, pela primeira vez, estão a ser criadas condições para que as cheias não afetem, em nenhuma circunstância, a cidade, que, tal como muitas cidades portuguesas, está em leito de cheias”.

Maria das Dores Meira enfatizou, igualmente, que o futuro Parque Urbano da Várzea assume um relevante papel social, que permitirá o usufruto por parte da população “de um espaço tão bonito e tão grande”.

Durante a visita, na qual participou a secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Célia Ramos, Maria das Dores Meira recordou que o projeto do parque urbano contempla a criação de um skate parque, de um laranjal, fruto com grande tradição histórica e cultural em Setúbal, de quintas pedagógicas e de um pequeno anfiteatro.

Todas estas valências, adiantou Maria das Dores Meira, estarão harmonizadas com os campos desportivos já executados pela Câmara Municipal, localizados a montante da área atualmente intervencionada e que serão integrados no futuro parque urbano.

O projeto do Parque Urbano da Várzea representa um investimento de 3,6 milhões de euros e inclui a criação de novas passagens hidráulicas e de bacias de retenção de águas, assim como ações de desobstrução e regularização do troço final da Ribeira do Livramento, uma das três ribeiras, juntamente com a da Figueira e de São Paulo, sobre a qual assenta a cidade de Setúbal.

A operação decorrerá no período máximo de um ano e meio, concretamente até junho de 2019.