A mobilidade elétrica em duas rodas está a revolucionar o paradigma das deslocações urbanas de curta distância em Setúbal, com a chegada de um novo serviço de trotinetas de utilização partilhada, promotor de uma cidade ambientalmente sustentável.
A frota setubalense destes pequenos veículos elétricos chegou no início de junho, resultado de uma parceria entre a Câmara Municipal de Setúbal e a empresa Bolt. São cerca de trezentos, todos iguais, disponíveis, sobretudo, em vários locais públicos e em zonas mais centrais da cidade.
Tomás Silva, de 14 anos, acaba de terminar uma aula no período da manhã. Hoje, em vez de andar, decide voltar a casa em duas rodas, utilizando, para isso, uma trotineta elétrica que aguarda, estacionada nas imediações do Convento de Jesus, por um novo utilizador.
“Já tenho experiência em andar nestes veículos. Não tenho nenhuma mas, um amigo, deixa-me andar na dele de vez em quando”, revela o jovem estudante, com o telemóvel na mão, essencial para desbloquear aquela que vai ser a primeira viagem neste serviço de trotinetas partilhadas.
A descoberta das trotinetas elétricas está à distância de um toque. Com a aplicação Bolt, a qual pode ser descarregada em dispositivos móveis com sistemas Android e iOS, os utilizadores podem conhecer, em tempo real, a localização dos veículos disponíveis e as zonas em que estes podem operar.
A escolha para uma viagem rápida, silenciosa e económica começa pela seleção do veículo disponível mais próximo, tarefa que é concretizada em escassos segundos, com recurso a um mapa interativo. No caso de Tomás Silva, nem foi preciso procurar na aplicação por uma trotineta elétrica de cor verde.
“Estava aqui estacionada e decidi utilizar porque não queria ir a pé para casa”, adianta o jovem, que elogia esta nova mobilidade sustentável. “Acho engraçado! Ajuda bastante, sobretudo quem anda a pé para todo o lado, e só vejo coisas boas com estas trotinetas em Setúbal.”
Depois, basta desbloquear o veículo pretendido, procedimento feito com recurso à aplicação instalada no dispositivo móvel, através da leitura do código QR existente no topo do guiador da trotineta, funcionalidade que apenas está acessível depois da criação de uma conta de utilizador.
Em pouco mais de um minuto, a mobilidade elétrica em duas rodas pode começar, destino a uma deslocação cómoda, particularmente direcionada para curtas distâncias, e que deve ser feita, sempre que possível, pela extensa rede de ciclovias já disponível no perímetro urbano.
A segurança, individual e coletiva, também deve ser um imperativo. Para isso, nas viagens deve ser utilizado um capacete e respeitadas as regras de trânsito ao longo do percurso. No final da viagem, a trotineta deve ser estacionada num local que não interfira com a utilização do espaço público. A comunidade agradece.
Noutro ponto da cidade, perto do Parque do Bonfim, Marco Santos, 33 anos, dá uma volta, pelo segundo dia consecutivo, numa trotineta elétrica da Bolt. “Experimentei ontem pela primeira vez, só para me ambientar, e hoje decidi ‘governar-me’ um bocadinho nas minhas deslocações pela cidade”.
O utilizador destaca a facilidade de adaptação na condução destes veículos, este serviço só traz vantagens à cidade e à população. “É uma inovação ótima. Por enquanto, barata e eficaz. E vou mais rápido do que de carro para qualquer lado da cidade, sem dúvida alguma.”
As deslocações rápidas, económicas e sustentáveis em meio urbano são o futuro e vieram para ficar. Contudo, há um conjunto de regras a cumprir aquando da utilização, sobretudo a nível de segurança pessoal e coletiva, até porque estas trotinetas elétricas da Bolt não são brinquedos.
As trotinetas podem apenas ser utilizadas por uma pessoa nas deslocações, as quais devem ser realizadas, primordialmente, pela rede de ciclovias da cidade, em cumprimento das regras do Código da Estrada, o que inclui todos os sinais de trânsito e as obrigações, entre outras, de respeitar os limites de velocidade.
A utilização de capacete é outra das regras importantes para garantir uma viagem com maior segurança dentro das zonas de circulação definidas, as quais podem ser consultadas no mapa da aplicação, incluindo as zonas “vermelhas”, com penalizações, nas quais é proibido estacionar e terminar a viagem.
As trotinetas, limitadas a uma velocidade de 25 quilómetros por hora, devem ser conduzidas sempre com as duas mãos no guiador. Nas cinco primeiras viagens de novos utilizadores, a velocidade é circunscrita, por motivos de segurança, a 10 quilómetros por hora.
Finalizada a viagem, o veículo, com uma autonomia de trinta quilómetros, deve ser estacionado num local seguro no espaço público, sem bloquear caminhos ou perturbar a normal circulação, preferivelmente junto de estacionamentos definidos para bicicletas.
O serviço de trotinetas elétricas apresentado a 5 de junho, Dia Mundial do Ambiente, tem preços e condições especiais durante as primeiras semanas de funcionamento, concretamente viagens com um custo de cinco cêntimos por cada minuto de utilização e desbloqueio gratuito.
Estes preços estão em vigor até ao final de junho e, depois deste período, poderão vir a ser atualizados pela empresa Bolt, a qual continua ainda a assegurar, durante o desenvolvimento deste nova opção de mobilidade elétrica em Setúbal, a gratuitidade das taxas de desbloqueamento das trotinetas.
Este novo serviço para deslocações em modo suave, ambientalmente sustentável, reforça as opções de micromobilidade já disponíveis na cidade e constitui uma solução mais ativa, limpa e económica em alternativa ao uso do transporte individual, sobretudo em deslocações de curta distância.
Setúbal é a terceira cidade portuguesa a receber as trotinetas Bolt, depois de Lisboa e Braga, as quais proporcionam viagens urbanas mais acessíveis, cómodas e responsáveis, estão igualmente presentes em mais de uma centena de cidades de um total de 16 países.
Mais informações e sobre as regras e utilização deste serviço disponível na página oficial da Bolt, acessível em https://bolt.eu/pt-pt/.
