A praceta em causa, a necessitar de intervenção ao nível de melhoramentos para a vivência urbana, serve não apenas moradores, mas também de acesso à Escola Secundária du Bocage por alunos, encarregados de educação e docentes.

O projeto exposto aos moradores presentes na reunião pública realizada no dia 15, à noite, no auditório daquele estabelecimento de ensino prevê o reordenamento da bolsa de estacionamento, com uma reorganização do espaço que permite o aumento da lotação para 214 lugares, mais 39 do que existe atualmente.

O encontro de dia 15 realizou-se no âmbito do projeto municipal Ouvir a População, Construir o Futuro e contou, como sempre, com a participação da presidente da autarquia, Maria das Dores Meira, acompanhada do vereador das Obras Municipais, Carlos Rabaçal, de uma equipa de técnicos municipais e do presidente da União das Freguesias de Setúbal, Rui Canas.

Além da ampliação da zona de estacionamento, outra novidade do projeto é o estreitamento, intencional, da via de circulação na Praceta Manuel Nunes de Almeida, solução urbanística que está a ser implementada em várias cidades europeias, tendo em conta que o largo só tem um acesso rodoviário e fica completamente congestionado de automóveis nos horários de entrada e saída da escola secundária.

“Em horas de ponta, temos de nos adaptar. O estreitamento da via impede o estacionamento, incorreto, no centro da via e obriga os carros a circular e a não demorar tanto tempo nas paragens”, observou Rui Canas na reunião de apresentação e debate com os moradores do projeto de requalificação.

José Miguel Madeira, engenheiro da equipa da Câmara Municipal que elaborou o projeto de requalificação, apontou também que “os passeios foram alargados em mais de um metro em determinadas zonas, dando seguimento a sugestões colhidas junto dos moradores”.

Essas sugestões são contributos resultantes do projeto municipal de participação cidadã Ouvir a População, Construir o Futuro, através do qual o Executivo municipal visitou, no terreno, todas as freguesias do concelho para análise de questões verificadas no terreno e, nalguns casos, apontadas diretamente pela população.

“Quero saudar-vos a todos por terem vindo e tomarem nas vossas mãos a resolução dos problemas”, referiu a presidente da Câmara Municipal para felicitar os cidadãos presentes na reunião de de dia 15, destinada a apresentar o projeto final de requalificação da praceta, mas, também, a recolher sugestões pontuais que possam melhorar ainda mais o plano de intervenção já traçado.

Este foi o segundo encontro público dedicado à Praceta Manuel Nunes de Almeida, depois de, em novembro, ter sido feita a apresentação de um plano inicial de requalificação.

Desse encontro, além de várias sugestões e da recolha das opiniões dos munícipes presentes, foi criado um grupo de trabalho com moradores locais para colaborar diretamente com a equipa municipal na melhoria do projeto então apresentado.

“Vamos ao encontro de agradar a maior parte das pessoas, uma vez que não é possível agradar a todos”, sublinhou Maria das Dores Meira, referindo-se ao contributo essencial dado pelo grupo de trabalho de moradores para que o projeto final da praceta tente satisfazer a maior parte das perspetivas de quem vive e convive diariamente com a realidade da praceta.

Durante o período de adaptação do projeto de requalificação, o grupo de trabalho reuniu-se por duas ocasiões com a equipa municipal.

O projeto, que no dia 15 voltou a ser exposto ao escrutínio geral dos moradores locais, contempla, além dos aspetos relacionados com alterações ao nível da circulação e estacionamento, o aumento e tratamento específico das áreas verdes, a criação de um troço de ciclovia ligado ao futuro Parque Urbano da Várzea, mais passadeiras e o alargamento da zona pedonal defronte da entrada da escola secundária.

“Desta forma temos uma praceta em que o espaço poderá ser mais usufruído pelas pessoas”, observou o técnico José Miguel Madeira.

A requalificação da Praceta Manuel Nunes de Almeida, que ainda deverá receber pequenas afinações em função dos contributos deixados pelos populares, aguarda, agora, a elaboração de projetos de especialidade, seguindo-se a abertura do concurso público para a empreitada.

As obras, porém, só devem começar depois de executada outra intervenção prevista para aquela zona do Bairro do Liceu, relacionada com a instalação de um emissário da rede de saneamento e que, entre outros objetivos, vai ultrapassar situações reportadas de maus cheiros.

Devido à dimensão destes trabalhos, a Câmara Municipal de Setúbal vai realizar um esforço suplementar para que as duas obras não coincidam, de maneira a reduzir o impacte das intervenções junto dos moradores.

No âmbito deste ciclo do Ouvir a População, Construir o Futuro, segue-se, no dia 20, na Escola Básica Barbosa du Bocage, outra reunião, desta feita sobre toponímia, com os moradores da Quinta do Paraíso.

O ciclo inclui ainda, no dia 21, nas instalações da Junta de Freguesia da Gâmbia, nas Pontes, um encontro em que o Executivo municipal debate questões de urbanismo com os moradores da Quinta da Amizade. Todas as reuniões têm horário previsto para início às 21h00.

Já no dia 6 houve um encontro com os moradores da Azinhaga dos Espanhóis e Vale Cerejeiras, enquanto a 10 realizou-se uma sessão para os bairros dos Pescadores e Grito do Povo. Seguir-se, a 13, outra dirigida à Colina de S. Francisco.