Mini-esculturas e fotografias de composições efémeras feitas com plástico recolhido nas praias integram a mostra “Perdidos no Mar, Achados na Maré”, inaugurada a 21 de maio na Casa da Baía, para alertar para a realidade do lixo marinho.
Inserida no projeto municipal “Mar Adentro”, que é direcionado para a literacia no mar e lixo marinho e decorre no âmbito do programa Bandeira Azul, a mostra com o trabalho de Rita Firmino Pereira pretende dar a conhecer a importância dos oceanos, mares e estuários para a Terra e a vida humana, quais as principais ameaças que sofrem e como é fundamental a sua proteção.
O tema e os conteúdos da exposição geraram curiosidade entre as pessoas presentes na inauguração. “Houve curiosidade em saber como é que eu apanhava tanta coisa, depois sobre como era o processo criativo, como é que eu faço as peças, e ainda sobre a questão ambiental, o impacte que o lixo marinho tem nas nossas vidas e no planeta.”
A autora da mostra sublinha que “muitas pessoas ficam surpreendidas” com os materiais que recolhe nas praias porque “não fazem ideia” do problema que existe com o lixo marinho. “As pessoas vão à praia e não dão conta. O objetivo desta mostra é alertar para esta realidade e espalhar a mensagem, principalmente aos mais novos”.
Além das mini-esculturas e das fotografias de composições efémeras feitas na areia com plástico não manipulado, na mostra pode ser observado material recolhido nas praias, de plástico a outros tipos de resíduos, e obter-se informações úteis sobre a temática do lixo marinho.
O lixo marinho, principalmente composto por plástico, é considerado um dos principais problemas ambientais com que se debate o planeta, tendo efeitos devastadores na vida dos mares, oceanos e estuários, pois afeta todos os ecossistemas marinhos e os respetivos organismos, com influência na saúde e na vida humana.
A mostra está patente ao público na Casa da Baía até 23 de junho, todos os dias entre as 09h00 e as 20h00, com entrada livre.
