A iniciativa incluiu já a distribuição de um folheto informativo aos utentes nas estações ferroviárias de Setúbal e do Pinhal Novo, no qual os cidadãos podem manifestar o seu desagrado a propósito desta medida, assinando o documento.

O postal, que explica detalhadamente as razões e as causas da decisão da CP, tutelada pela Administração Central, deve ser remetido gratuitamente para os serviços da Câmara Municipal de Setúbal, que procede, posteriormente, à sua entrega no Ministério da Economia, numa ação pública de protesto.

Os interessados em participar nesta campanha podem ainda enviar diretamente o postal para o Ministério da Economia, na Rua da Horta Seca, 15, 1200-221 Lisboa.

Uma versão digital do postal está disponível nos sítios da internet das câmaras municipais de Setúbal e Alcácer do Sal, para envio por correio eletrónico para o gabinete do ministro, com o endereço gmee@mee.gov.pt.

Com o fim das paragens dos comboios intercidades em Setúbal e Alcácer do Sal e a eliminação do serviço regional para Tunes, as populações ficam privadas de transportes ferroviários para o Sul do País e são obrigadas a gastar mais tempo e recursos nas deslocações.

O fim da paragem destes comboios em Setúbal, considera a Autarquia, assume maior gravidade e incompreensão perante as recentes obras de remodelação e modernização da estação ferroviária, avaliadas em mais de 12 milhões de euros.

Esta medida, alertam os municípios, tomada exclusivamente com base em critérios financeiros encapotados em pretensas reduções de tempos de viagem, só privilegia os utentes que se deslocam de Lisboa – apenas menos 25 minutos de viagem e 18,6 quilómetros de percurso –, prejudicando os centros urbanos de Alcácer do Sal e Setúbal, este com mais de 120 mil habitantes.

A decisão da CP implica que os utilizadores destes serviços tenham de se deslocar ao Pinhal Novo ou a Grândola para apanhar um comboio para o Algarve, quando antes podiam fazê-lo diretamente a partir de Setúbal e Alcácer do Sal no serviço regional, pelo menos três vezes ao dia.