Seminário das Bibliotecas Escolares do Concelho de Setúbal

A vice-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Carla Guerreiro, afirmou a 3 de junho que a autarquia quer ter parte ativa na melhoria das condições do ensino público e um papel fundamental na definição das políticas de Educação no concelho.


“Há aqui um papel do ensino público, da melhoria das condições públicas. É muito importante que a Câmara tenha uma parte ativa nesse papel. Não estamos só disponíveis para tratar da torneira, da fechadura, da porta, etc. Estamos disponíveis para muito mais, para ter um papel fundamental nas políticas de educação no nosso concelho”, referiu Carla Guerreiro, na abertura do VII Seminário de Bibliotecas Escolares de Setúbal.

Ao recordar o atual processo de transferência de competências da administração central para as autarquias, considerou que a Câmara está “a trabalhar bem com os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas”, embora haja “ainda muita coisa para resolver”, e insistiu que as câmaras municipais não estão reservadas só “para fazer certas tarefas”, mas devem ter “uma palavra a dizer” na Educação, em conjunto escolas, comunidade e pais.

No seminário, a decorrer durante todo o dia na Escola Básica Luísa Todi, a vice-presidente Carla Guerreiro, que tem o pelouro da Educação e Bibliotecas, sublinhou que a existência de “uma Educação pública, gratuita e para todos” é “uma das maiores conquistas” do país. “Esse é o nosso lema, é para isso que trabalhamos e, no fundo, todas estas parcerias das bibliotecas também concorrem.”

A vice-presidente do município recordou que Setúbal se afirma “como cidade educadora”, sendo “há alguns anos” membro da Associação Internacional das Cidades Educadoras. “E isto não é apenas uma designação que nós escolhemos, é um modo de estar relativamente àquilo que é a Educação nesta cidade”.

Referiu que Setúbal é uma cidade educadora porque é feito “muito trabalho com as escolas, nas escolas e além das escolas”, dando como exemplo o grupo de flamenco Flamenquitos de Santiago, que atuou antes dos trabalhos do seminário, através do qual o Agrupamento de Escolas Ordem de Sant’Iago pretendeu promover a inclusão de alunos com problemas de absentismo.

“Cada vez assistimos a mais iniciativas em que os nossos alunos saem da escola e tentam integrar-se na comunidade. Aquilo que vimos há bocado é exatamente um sinal de que somos cidade educadora”, afirmou, defendendo que Setúbal deve procurar buscar o que tem e mostrar que a sua “matéria-prima é excelente”, apesar de poder haver “algumas barreiras” para derrubar.

 A autarca sublinhou que a Câmara de Setúbal “fez um esforço muito grande para que todas as escolas tenham espaços de biblioteca”, tendo o objetivo sido alcançado com a instalação do “último equipamento na escola do Montalvão”, o qual “tem feito um trabalho muito importante, o que é bem a prova de que fazia falta”.

Numa participação por videoconferência, a subdiretora-geral de Educação, Maria João Horta, fez a ligação com o tema do seminário para afirmar que, perante o facto de a Internet ser uma rede “cada vez mais alargada e complexa”, é necessário que todos os agentes da Educação, dos professores aos alunos, se preparem “continuamente” para saberem “estar e tirar o máximo partido” da ferramenta.

“As bibliotecas, enquanto espaço de acesso ao conhecimento e de construção do próprio conhecimento, têm também de refletir, nesta fase em que a transição digital chega às escolas, coloca equipamentos nas mãos dos nossos alunos e dos nossos professores. Também aqui as bibliotecas têm um papel muito ativo e têm sabido ocupar esse espaço”, referiu.

Além de Carla Guerreiro e Maria João Horta, a abertura do seminário contou com a presença da representante do Gabinete Coordenador da Rede Bibliotecas Escolares, Ana Teresa Santa-Clara, do diretor do Agrupamento de Escolas Luísa Todi, António Baptista, e do diretor do Centro de Formação da Associação de Escolas (CFAE) Ordem de Santiago, António Canhão.

Intitulado “A Rede n@s Redes”, o seminário começou com o painel “Rede(s) – Espaço(s) de colaboração e inovação”, que teve como intervenientes Ana Teresa Santa-Clara e José António Moreira, da Universidade Aberta, e foi moderado por António Pedro Duarte, representante da Equipa da Direção-Geral da Educação no projeto de acompanhamento da Autonomia e Flexibilidade Curricular no CFAE Ordem de Santiago.

Durante a tarde decorreram os restantes três painéis, o primeiro dos quais, intitulado “Práticas Inovadoras de Trabalho em Rede com as Bibliotecas”, com a participação de diversos representantes das redes de bibliotecas de Anadia, Elvas, Olhão, Valongo e Setúbal, neste caso Lígia Águas e Maria Luís Clemente.

Moderado por Elizabete Carvalho, coordenadora interconcelhia da Rede de Bibliotecas Escolares no concelho de Setúbal, o painel “Referencial Aprender com a Biblioteca Escolar e os Ambientes Híbridos de Aprendizagem | Práticas na Rede de Setúbal” reúniu os professores bibliotecários dos agrupamentos escolares Luísa Todi, Barbosa du Bocage e Lima de Freitas e da Escola Secundária Dom Manuel Martins, Clara Mata, Fátima Pinto, Salomé Raposo e Filipe Azevedo, respetivamente.

O quarto e último painel, “Valor das Bibliotecas Escolares em Rede na dimensão organizativa das Escolas”, moderado por António Pedro Duarte, teve como intervenientes os diretores do Agrupamento de Escolas Barbosa du Bocage, António Caetano, e do CFAE Ordem de Santiago, António Canhão.

Cravo. 25 de Abril

COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL

TRANSMISSÃO EM DIRETO
DA SESSÃO SOLENE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

25 de Abril . 10h00 . Fórum Municipal Luísa Todi

Cravo. 25 de Abril