Estas instalações que agora oferecem uma capacidade de armazenamento de cerca de 3300 metros lineares e dotadas de equipamentos modernos para a organização, armazenamento e preservação do depósito municipal funcionam atualmente no número 52 da Avenida dos Combatentes, no antigo edifício da Direção-Geral das Finanças.

Durante o ato de inauguração a edil destacou igualmente a criação de vários espaços, com realce para uma área dedicada à consulta, uma sala de digitalizações, o depósito, a receção de documentação, a sala multiusos, o serviço educativo e o gabinete de arquivista. Além destas valências e do espaço disponível que permite a guarda e preservação de documentos “durante muito tempo ainda”, a edil referiu-se ainda ao papel social que o Arquivo Municipal desempenha no âmbito da inclusão social ao se dotar e prestar apoio a funcionários com necessidades especiais desenvolvendo deste modo competências laborais de reconhecida qualidade.

Este serviço, que acolhe toda a documentação produzida no âmbito da Câmara, com enfoque para o Urbanismo, está agora dotado de melhores condições de preservação documental, de trabalho e de acesso ao público que pretenda consultar o extenso espólio do Arquivo Municipal, num edifício icónico da cidade que está gradualmente a ser remodelado.

Com a data original de construção apontada para o ano de 1900, este edifício, situado na baixa setubalense, foi construído por Eduardo Augusto de Carvalho Salgado, destinado inicialmente como habitação da sua família ligada à indústria das conservas e com fábrica própria na Avenida Luísa Todi. Com uma arquitetura a lembrar a arte nova no edifício é possível ainda identificar motivos árabes, designadamente ao nível das janelas, identificando-se assim algumas das tendências arquiteturais da época.