María de Buenos Aires

A peça argentina “María de Buenos Aires”, inédita por ser a primeira a juntar os géneros de ópera e tango, foi apresentada na noite de dia 5 no Fórum Municipal Luísa Todi.


A produção da Cistermúsica, da autoria original do argentino Astor Piazzolla e libreto do poeta uruguaio-argentino Horacio Ferrer, encheu a sala de espetáculos sadina.

A peça teatral e musical, desenvolvida ao longo de 17 quadros, aborda essencialmente temáticas relacionadas com a vida, a morte, a ressurreição e a maternidade de uma figura feminina, María de Buenos Aires.

María e a sua sombra são a própria representação de Buenos Aires, associadas ao tango e à vida das ruas e da noite.

Mas a personagem encerra múltiplas leituras e surge frequentemente associada também à Virgem Maria e a Jesus Cristo e à condição feminina.

A obra estreou-se na Sala Planeta, em Buenos Aires, a 8 de maio de 1968.

Esta “operita”, como Astor Piazzola a classificou, foi apresentada com onze instrumentistas, dois cantores solistas, um recitante e um grupo coral de pequeno formato.