A presidente da Autarquia destacou no encontro, a decorrer no auditório da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, o “papel preponderante que a Câmara Municipal de Setúbal teve, e tem, na recuperação do Convento de Jesus, incomparável património religioso e arquitetónico”.

Na abertura do colóquio “Casas Religiosas de Setúbal e Azeitão”, organizado pela LASA – Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão, Maria das Dores Meira confrontou a construção do monumento, no século XV, com as dificuldades que, em pleno século XXI, se encontrou para “recuperar o património religioso”, uma vez que, “há pouco mais de 500 anos, o poder central foi muito mais sensível” do que é na atualidade

A autarca expressou o desejo de, ao longo do colóquio, se “analisar as condições em que algum do património que possa estar degradado pode ser recuperado, valorizado”, uma vez que, reforçou, a história coletiva é algo que “não tem preço”.

Luís Machado Luciano, presidente da LASA, sublinhou que a iniciativa, organizada em parceria com instituições universitárias e o apoio da Câmara Municipal, entre outros, constitui “uma atitude impecável para prestigiar a cidade” e contribui para a “revisão da História de Setúbal”.

Os trabalhos iniciaram-se com Sandra Costa Saldanha, do Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja e do Centro de Estudos de Arqueologia, Artes e Ciências do Património da Universidade de Coimbra, e Maria João Pereira Coutinho, do Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, que deram o seu contributo para o primeiro painel do colóquio, “Culto e Espiritualidade”.

Albérico Afonso Costa, do Instituto Politécnico de Setúbal e do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova, e Heitor Baptista Pato, do Grupo de Amigos de Lisboa, encerraram as apresentações relativas ao primeiro painel.

Para o segundo painel, dinamizado na parte da tarde, relacionado com o “Património Imóvel”, contribuem Maria João Cândido, do Setor do Património e Arqueologia da Câmara Municipal de Setúbal, e João Inglês Fontes, do Instituto de Estudos Medievais da Nova e do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa.

O dia terminou com apresentações de Edite Alberto, do Centro de História d’Aquém e d’Além-Mar da Nova e da Universidade dos Açores, Isabel Sousa de Macedo, da Autarquia setubalense e da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, e Virgolino Ferreira Jorge, da Universidade de Évora.

O colóquio “Casas Religiosas de Setúbal e Azeitão” prossegue amanhã e sexta-feira com intervenções em torno dos temas “Património Imóvel”, no primeiro dia, e “Património Móvel, Integrado e Imaterial”, no segundo, nos quais professores, investigadores e especialistas de diversas áreas de estudo continuam a dar o seu contributo para atualizar a historiografia religiosa local.

 

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