Arrábida Reserva da Biosfera - Setúbal Resiliência +, Os Dias da Segurança

O Parque Natural da Arrábida enquanto reserva da biosfera da Unesco esteve em debate no dia 26, na Casa da Baía, num encontro realizado no âmbito do programa municipal “Setúbal Resiliência +, Os dias da Segurança”.


“Arrábida Reserva da Biosfera” foi o tema do seminário organizado pela Câmara Municipal de Setúbal em parceria com o ICNF – Instituto de Conservação Nacional das Florestas e a Associação de Municípios da Região de Setúbal.

Na abertura da conferência, a vereadora do Ambiente da Câmara Municipal de Setúbal, Carla Guerreiro, relembrou o percurso trilhado pela autarquia nos últimos anos com vista à proteção e ao reconhecimento do Parque Natural da Arrábida, dando ênfase às medidas tomadas relativamente às questões da mobilidade e do acesso à serra e às praias.

“No ano passado chamamos-lhe o ano zero. Este ano temos muito mais responsabilidade na aplicação destas medidas, que tenho a certeza de que todos já consideram como mais do que certas”, afirmou.

A autarca destacou igualmente o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido com vista ao reconhecimento da Arrábida como reserva da biosfera da Unesco depois da candidatura apresentada em 2017, o que tem permitido um conhecimento profundo sobre a serra e a sua identidade.

“A Arrábida é um sítio ímpar, um local de uma riqueza única e uma paisagem singular. É a nossa identidade”, referiu.

Carla Guerreiro indicou ainda, “por tudo isto, e também porque temos sorte de ter uma serra assim, queremos que a Arrábida seja conhecida pelos seus valores únicos e que isto prevaleça para usufruto das gerações futuras”.

A abertura da conferência contou igualmente com a participação de Maria de Jesus Fernandes, do ICNF, que afirmou que “a sorte imensa desta serra” é resultado do planeamento que tem sido desenvolvido.

“Resulta de muito trabalho feito e da ação conjunta partilhada e articulada entre diferentes agentes e instituições, através da existência de um grupo de trabalho técnico centrado na Arrábida e com responsabilidade nesta terra”, referiu a diretora do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas de Lisboa e Vale do Tejo.

Relativamente à questão da reserva da biosfera e da chancela da Unesco, Maria de Jesus Fernandes, destacou que o aspeto mais relevante foi a possibilidade das aproximações entre as instituições, “o que facilitou o desenvolvimento dos trabalhos”.

A manhã prosseguiu com uma intervenção de Wieslaw Bodziony, da Associação de Municípios da Região de Setúbal, entidade mentora do projeto que originou o encontro de hoje.

O responsável apresentou as mais-valias da candidatura da Serra da Arrábida a reserva da biosfera, assente promoção da região, uma vez que esta distinção visa dar visibilidade aos territórios de excelência e qualidade.

De seguida, Carlos Caçoete, do Gabinete Técnico Florestal Intermunicipal da Arrábida, apresentou o painel “O Parque Natural da Arrábida no Plano Intermunicipal de Defesa da Floresta contra Incêndios”.

A fechar, foi abordada a temática “Circular em Segurança no Parque Natural da Arrábida”, por José Miguel Madeira, chefe da Divisão de Mobilidade e Transporte da Câmara Municipal de Setúbal.

A conferência “Arrábida Reserva da Biosfera” contou ainda com vários apontamentos de debate ao longo da manhã.

O programa “Setúbal Resiliência +, Os Dias da Segurança” prossegue com outras iniciativas a decorrer durante a semana, em vários locais da cidade.

No dia 28 o programa é dedicado aos “50 anos do Sismo de 1969”, num encontro a decorrer na Casa da Baía, que inclui uma visita guiada ao centro histórico da cidade, para observação de danos provocados pelo sismo de 1969, ainda hoje visíveis.

A 1 de março, Dia Internacional da Proteção Civil, de manhã, há simulacros e exercícios em escolas e edifícios municipais e à tarde, às 17h00, é inaugurada a exposição “Memórias do Sismo de 1969”, no Centro Comercial Alegro.

O programa do dia contempla igualmente uma reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil com um simulacro de comunicações incluído.