Setúbal Composto Tem + Valor | adesão do IPS

O serviço da Câmara Municipal de Setúbal de recolha seletiva para reciclagem de resíduos orgânicos, em curso desde 2021, conta, a desde meados de fevereiro, com o contributo do IPS – Instituto Politécnico de Setúbal.


Com esta adesão à iniciativa “Setúbal Composto Tem + Valor”, os resíduos gerados no campus académico setubalense passam a ser aproveitados para transformação, em vez de seguirem para deposição em aterro.

A Câmara Municipal de Setúbal colocou nos pontos de recolha existentes nas várias escolas superiores que constituem o IPS contentores para a deposição de resíduos orgânicos, dos quais três têm capacidade de 800 litros e dez de 240 litros.

À instalação deste conjunto de contentores seletivos acresce a entrega de mais dez equipamentos de recolha com menor capacidade, concretamente de 20 litros, os quais ficam colocados em espaços interiores de restauração, nomeadamente zonas de bar.

Além da vantagem ambiental, com o aproveitamento anual de toneladas de resíduos orgânicos para transformação e reutilização, a adesão do IPS ao “Setúbal Composto Tem + Valor” permite uma maior divulgação desta iniciativa municipal de valorização sustentável de recursos na comunidade.

O projeto, resultante de candidaturas apresentadas pelo município a fundos comunitários no âmbito do PO SEUR, é um projeto que antecipa a obrigatoriedade de Portugal assegurar, a partir de 2024, a recolha seletiva e reciclagem destes biorresíduos.

Esta ação ambiental de caráter inovador está ao serviço da população em todo o território do concelho, com serviço de recolha porta a porta e pontos de deposição e recolha nas freguesias de Azeitão, Sado, Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra e União das Freguesias de Setúbal.

Na freguesia de São Sebastião, especificamente, estão disponíveis pontos de deposição e recolha coletiva de proximidade, devido às dimensões e elevada concentração demográfica que este território apresenta.

Os resíduos orgânicos, ou biorresíduos, produzidos diariamente pela população na preparação de alimentos para confecionar uma refeição ou resultantes de restos de comida que são descartados compõem cerca de 40 por cento do volume depositado no caixote de lixo de uma família.

A partir de 31 de dezembro de 2023, a separação na origem e reciclagem de biorresíduos passa a ser obrigatória em todo o território nacional. O objetivo é transformá-los em composto, contribuindo para atingir as metas comunitárias e do país.

Este novo procedimento de separação de biorresíduos resulta num conjunto de benefícios globais, concretamente a diminuição do espaço ocupado em aterros, o aproveitamento de recursos para a produção de adubo e energia e a redução da emissão de gases com efeito de estufa.

Os munícipes interessados em aderir ao projeto, desde que abrangidos pelas áreas de intervenção definidas, devem fazer o pedido pelo contacto telefónico 217 977 717, por via do preenchimento do formulário online ou, ainda, nos contactos diretos com técnicos especializados efetuados porta a porta.

O conceito de biorresíduos ou resíduos orgânicos inclui, para efeitos de separação a entregar no âmbito deste projeto, restos de preparação e confeção de refeições, sobras de alimentos, restos de produtos frescos não embalados como legumes, frutas, carne e peixe, pão e bolos, borras de café, saquetas de chá e toalhas e guardanapos de papel.