Propostas variadas de confeção deste peixe pescado na costa setubalense, uma das “7 Maravilhas da Gastronomia” de Portugal, são apresentadas no Festival da Sardinha, organizado pela Câmara Municipal, com os apoios da Lallemand e da Gásvari.

Na Casa do Peixe, um dos restaurantes da cidade a participar neste evento, a decorrer desde dia 28, a ementa é enriquecida com propostas alternativas de degustação da sardinha setubalense.

Filetes de sardinha de vinagrete é uma das iguarias que podem ser experimentadas na Casa do Peixe durante o Festival da Sardinha. Ideal para abrir o apetite, esta entrada é preparada somente com o lombo da sardinha. Depois de frita, fica em conserva de azeite e vinagre durante 24 horas.

Na ementa deste restaurante, além das tradicionais sardinhas assadas, surgem ainda duas opções inovadoras para degustação como prato principal, uma com base num prato de arroz típico, outra mais criativa, direcionada para um público mais específico.

Gratinado de sardinha com massa fusilli em cama de alface “é um prato mais para os miúdos, sobretudo para aqueles que não gostam muito de peixe”, explica Luís Cruz, proprietário da Casa do Peixe, onde a gastronomia se cruza com momentos de cultura. “A combinação de massa e sardinha resulta muito bem e assim os mais pequenos nem se importam de comer peixe.”

Arroz de sardinha, um prato “muito condimentado e inspirado na receita tradicional de Arroz à Pescador”, adianta Luís Cruz, é outra das iguarias que podem ser degustadas naquele restaurante, no qual uma dose, que geralmente dá para três pessoas, ronda os 12 euros.

Salada mista, para acompanhamento, e Pera à Setubalense, para sobremesa, são as sugestões deste chef, que realça a importância de festivais gastronómicos deste género. “É importante canalizar esforços para atrair mais gente a Setúbal”, sublinha Luís Cruz, reforçando que há “ainda muita gastronomia para explorar”.

A inovação é também palavra de ordem na cozinha do restaurante Dom Rafael, com a introdução de pratos alternativos na ementa, criações que Rafael Léon experimenta em casa, com a família, e partilha, depois, com o público.

Sardinha bêbeda, feita num refogado e posteriormente cozida em vinho tinto, é uma das novidades na ementa do Dom Rafael durante o festival. É uma entrada semiquente, servida com cebola e no caldo da cozedura.

“Nem todos gostam desta entrada, mas tenho alguns clientes regulares que costumam pedir”, refere Rafael Léon, adiantando que também costuma confecionar sardinha em vinagre. “O peixe fica quatro horas em vinagre e depois é servido com cebola, coentros e muito sal.”

Rafael Léon enalteceu a dinamização do Festival da Sardinha, um evento “que dá um impulso importante para o consumo” deste peixe nesta época do ano. “A sardinha assada continua a ser o prato mais procurado”, confessa.

A pingar no carvão e, depois, já no prato e a molhar no pão, a sardinha assada impera, durante o período de verão, nas ementas de inúmeros restaurantes de Setúbal, prato muito procurado pela população local e por visitantes.

Na Casa do Mar a aposta recai somente na sardinha assada. “Quem vem à procura de sardinha quer, geralmente, a mais pequena. Mas nem sempre se arranja”, destaca Paulo Oliveira, reforçando, igualmente, a utilidade deste festival para a promoção da gastronomia local.

O programa do Festival da Sardinha conta ainda, no último dia do evento, 12 de agosto, com uma sessão de live cooking, com a chef Fernanda Amaro, da Amarobom Catering, a realizar às 18h00, na Casa da Baía.

A preparação ao vivo de pratos gourmet com sardinha é a proposta para a iniciativa de encerramento do certame, com entradas a cinco euros e inscrições até dia 8 de agosto, na Casa da Baía, através do telefone 265 545 010 ou do endereço gatur@mun-setubal.pt.