“Tenho uma enorme paixão pelo Vitória. Cresci com este clube e tento sempre acompanhar as novidades”, salientou o chefe de Estado cabo-verdiano na visita à Sala de Troféus Josué Monteiro. “Não tinha ideia de que tinha assim tantos troféus”, confessou, ao ver o espólio. “Um clube não se mede só pela classificação. É também pela sua história.”

A emoção de Jorge Carlos Fonseca aumentou ao cruzar-se com antigas glórias do clube e do futebol português, como Fernando Tomé, Félix Mourinho, Octávio Machado e Aparício, ídolos que viu jogar. Um cumprimento mais alongado foi para Sandro, antigo jogador do Vitória Futebol Clube e da seleção de Cabo Verde.

Alguns dos mais importantes momentos da história do clube, como a conquista de três Taças de Portugal e, mais recentemente, uma Taça da Liga e uma Supertaça Ibérica, foram ressaltados durante a visita, na qual estiveram presentes várias individualidades da cidade.

“Ainda tenho guardada uma fotografia da equipa que defrontou o Benfica na final da Taça de Portugal [época de 1961/62]. Infelizmente perdemos”, recordou o Presidente de Cabo Verde, antigo guarda-redes do Vitória Futebol Clube da Praia. “Ainda pensei em ser treinador, mas não deu”, revelou, a sorrir.

Na conversa com Jorge Carlos Fonseca, a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, apontou as excelentes relações de amizade e fraternidade da Autarquia com o povo de Cabo Verde, relembrando o protocolo de geminação do Município com a cidade do Tarrafal.

“Setúbal orgulha-se de ser multicultural” salientou a autarca, adiantando que “a comunidade cabo-verdiana é uma das maiores na cidade”. Maria das Dores Meira enalteceu, também, o trabalho desenvolvido pela Associação Cabo-Verdiana de Setúbal em prol da comunidade, com sede na Bela Vista.

Um livro sobre Setúbal com imagens de Américo Ribeiro e uma medalha comemorativa dos 150 anos da elevação de Setúbal a cidade foram oferecidos pela edil ao Presidente de Cabo Verde.

O presidente do Vitória, Fernando Oliveira, honrado pela paixão do chefe de Estado cabo-verdiano pelo clube, salientou que a história deste não é feita somente do passado. “O Vitória continua bastante vivo”, frisou, declarando-se honrado pelo facto de Jorge Carlos Fonseca pela opção clubística.

“Não se deslumbra com os mais fortes e respeita os mais humildes”, vincou Fernando Oliveira, presenteando o presidente de Cabo-Verde com uma camisola do Vitória Futebol Clube e um cartão de sócio.

Após assinar o Livro de Honra do clube, Jorge Carlos Fonseca conheceu outras áreas das instalações do clube, como os balneários e o ginásio, pisando no final o relvado do Estádio do Bonfim.