Baía de Setúbal

O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, vai promover reuniões com os partidos com assento na Assembleia Municipal para discussão de medidas que minimizem localmente os efeitos da crise económica e financeira internacional.


Numa intervenção proferida na sessão da Assembleia Municipal de 30 de setembro, o autarca sublinhou que o Orçamento Municipal 2023 “deve traduzir uma vontade e uma capacidade efetivas para fazer face a situações de maior fragilidade social” no concelho de Setúbal.

Apesar de o Governo ter anunciado um conjunto de ações de âmbito nacional, o presidente do município adverte que “não há dúvidas de que, com o agravamento da crise, é necessário que sejam tomadas outras medidas”.

Desde já, André Martins considera prioritário reforçar o apoio à pesca e aos pescadores, bem como ao ensino, nomeadamente aos professores, “para garantir a sua presença nas escolas e as melhores condições para o ensino das crianças e jovens”.

O autarca destaca ser igualmente determinante a concretização de medidas que assegurem menos penalizações dos custos de contexto das empresas, “em particular das pequenas e médias”, e que evitem a desvalorização dos salários e das pensões.

Na declaração dirigida à Assembleia Municipal de Setúbal, adiantou que, no concelho, já estão identificadas as áreas com maiores fragilidades perante o agravamento da crise internacional, como infância, setores específicos da atividade económica, famílias com crianças e jovens em idade escolar e instituições de solidariedade social.

Na elaboração do Orçamento 2023, André Martins alerta para uma conjuntura macroeconómica preocupante e incerta, sobre a qual é preciso “ter em conta a escalada inflacionista”, com repercussões nos preços da energia e das matérias-primas, bem como na contratação de serviços e obras, a qual “se reflete em toda a atividade da Câmara Municipal”.

Com o objetivo de conseguir um Orçamento equilibrado e que proporcione uma resposta eficaz às adversidades que se avizinham, André Martins decidiu encetar um ciclo de reuniões com todos os partidos com assento na Assembleia Municipal.

O autarca pretende que todos possam “dar o seu contributo na tomada de medidas para minimizar o efeito da crise no concelho”, para ser possível “avaliar onde é que será mais necessário o apoio” da Câmara Municipal.