Reunião entre a Comissão Distrital de Proteção Civil de Setúbal e a Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal

A sustentabilidade financeira das associações humanitárias de bombeiros do distrito foi o tema central de uma reunião, realizada no dia 30, entre os presidentes da Comissão Distrital de Proteção Civil de Setúbal e da Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal.


No encontro, que decorreu ao longo da manhã, nos Paços do Concelho de Setúbal, o presidente da direção da Federação dos Bombeiros, João Ludovico, partilhou com a Comissão Distrital as dificuldades que as associações humanitárias de bombeiros estão a sentir.

Os atrasos registados ao longo de 2020 na transferência de compensações e subsídios que lhes são devidos pelo Estado, por via da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em que se incluem os montantes do dispositivo dos incêndios rurais deste ano, somam, no conjunto, uma dívida superior a meio milhão de euros ao universo das 24 associações.

 O dirigente solicitou à Comissão Distrital de Proteção Civil de Setúbal colaboração no sentido de expor mais próximo do Governo a situação que se vive no presente, a qual, sublinhou, está a pôr em risco a sustentabilidade financeira das associações humanitárias de bombeiros do distrito.

A presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil, Maria das Dores Meira, demonstrou total solidariedade, garantindo que vai iniciar, de imediato, um conjunto de contactos junto das entidades estatais para que o problema seja desbloqueado o mais rapidamente possível.

Num ano profundamente crítico causado pela pandemia, as associações humanitárias de bombeiros, enquanto entidades detentoras de corpos de bombeiros, registam quebras acentuadas de receita.

As reduções significativas no transporte de doentes, serviço que representa uma fonte importante de rendimento das associações, e nas solicitações de urgências contribuem para o adensar do problema financeiro.

Por outro lado, os corpos de bombeiros têm vindo a ser mais procurados para o transporte de utentes com suspeita de Covid-19, o que, sem o apoio de outras entidades, se traduz num aumento substancial dos custos associados à aquisição de equipamentos de proteção individual para as equipas de socorro.