Protocolo de apoio à Escola de Jazz e Música Improvisada da Capricho Setubalense

A Câmara Municipal de Setúbal assinou no dia 26, com a Sociedade Musical Capricho Setubalense, um protocolo de colaboração para apoiar o desenvolvimento das atividades de uma nova escola de jazz e música improvisada.


O acordo, celebrado no Salão Nobre da Capricho Setubalense, envolve a atribuição de um subsídio de 10 mil euros, a conceder pela autarquia em quatro tranches mensais, para aquisição de instrumentos e apoio à atividade cultural da nova Escola de Jazz e Música Improvisada, pertencente à coletividade.

“Ter aqui, na Capricho Setubalense, o jazz e a música improvisada é uma delícia. Esta casa emblemática é o sítio certo para a implementação deste novo projeto”, destacou a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, na assinatura do documento, acompanhada no ato pelo vereador com o pelouro da Cultura, Pedro Pina.

A Escola de Jazz e Música Improvisada da Capricho Setubalense, projeto de ensino informal e de abrangência regional, que começou este ano em formato experimental, engloba várias atividades destinadas à consolidação da educação de novos públicos e assume-se como uma aposta no futuro e na criação de novas gerações de músicos.

“Esta é mais uma prova de que a emblemática Capricho Setubalense continua, com chave de ouro, depois de mais de um século de existência, e nos tempos que correm, a reinventar-se e modernizar-se. É um orgulho enorme”, frisou a autarca sobre a coletividade que conta com uma centenária Banda de Música, composta por crianças, jovens e adultos.

O projeto da nova escola prevê, entre outros, o desenvolvimento, em estreita articulação com a Divisão de Cultura da Câmara Municipal, de eventos regulares na área do jazz e da música improvisada, incluindo blues e funk, a realização de workshops e palestras com frequência trimestral, assim como masterclasses com músicos nacionais e internacionais.

Prática instrumental de bateria, contrabaixo e baixo elétrico, instrumentos de sopro, guitarra, piano e voz, assim como teoria e treino auditivo, classes de conjunto e combos e atelier de iniciação ao jazz são alguns dos conteúdos formativos oferecidos.

O projeto conta com o envolvimento da pianista Rita Marques e do maestro Luís Cunha, que dirige a Big Band do Hot Clube de Portugal.

“Esta nova escola vai trazer um público um pouco mais alternativo, mais contemporâneo, e dá também mais contemporaneidade e modernidade à cidade”, acentuou Maria das Dores Meira.

Na cerimónia de assinatura do protocolo, que tem um período de vigência de 12 meses, a autarca revelou a total disponibilidade do município de continuar a apoiar a coletividade e o movimento associativo do concelho. “Hoje e no futuro. É a nossa obrigação.”

Igualmente na assinatura do protocolo, o presidente da direção da Sociedade Musical Capricho Setubalense, Sérgio Gabriel sublinhou a importância de “receber a ajuda financeira da Câmara Municipal”, ao permitir “pôr em marcha um projeto muito ambicioso”.

O dirigente associativo apontou que Setúbal tem cativado novos públicos na área do jazz, “reflexo do investimento que tem sido feito nos últimos anos e do esforço da cidade, como um todo, em trazer o género musical” para o concelho.

“Estamos convictos que este projeto de jazz e de música improvisada vai crescer e que vai trazer à cidade novos valores e contribuir para a difusão da cultura neste nosso paraíso à beira-Sado plantado”, referiu Sérgio Gabriel.

O protocolo define os termos da parceria entre a autarquia e a Sociedade Musical Capricho Setubalense, com o objetivo de garantir as necessárias condições para que a coletividade possa adquirir instrumentos musicais e de apoiar as respetivas atividades culturais.

No âmbito do acordo, a autarquia fica responsável por integrar e envolver os projetos provenientes da Escola de Jazz e de Música Improvisada na programação cultural do município, além de garantir a cedência dos equipamentos culturais consoante a disponibilidade e de divulgar e promover o projeto.

O município isenta as taxas de licença camarárias, assegura a Licença de Ruído e Ocupação de Via Pública e cede uma percentagem das receitas de bilheteira, mediante acordo entre as partes, dos espetáculos desenvolvidos pela Escola em equipamentos municipais como o Fórum Luísa Todi e a Casa da Cultura.

Já a Capricho Setubalense fica responsável por integrar um dos concertos do Círculo de Jazz Fora de Portas e por organizar e desenvolver, em estreita articulação com a Divisão da Cultura do município, eventos regulares na área do jazz e música improvisada dirigidos a todos os públicos.