A unidade móvel instalada na placa central da Avenida Luísa Todi recebeu cerca de 150 pessoas nos rastreios da diabetes e outras 150 nos da hipertensão.

Fátima Semedo, enfermeira do Centro de Saúde de Vale do Cobro, sublinha que se registaram “casos em que as pessoas foram efetivamente encaminhadas para centros de saúde por se terem detetado situações de risco”.

Tanto a diabetes como a hipertensão são as duas doenças com maior prevalência em Portugal, ambas responsáveis por taxas de morbilidade e de mortalidade muito significativas no País.

“Juntamente com os rastreios fez-se aos utentes diferentes recomendações para a prevenção destas doenças, como a adoção de estilos de vida saudáveis, a prática de desporto e uma alimentação equilibrada, com redução de sal e de gorduras, em favorecimento de produtos frescos e carnes brancas, por exemplo”, aponta Fátima Semedo.

Na ótica da técnica do Centro de Saúde de Vale do Cobro, a elevada incidência de casos de diabetes e de hipertensão deve-se “sobretudo à negligência das pessoas, pois boa parte da população está consciente do tipo de atividades que representam mais ou menos riscos para o equilíbrio do bem-estar de cada um”.

A iniciativa que decorreu em Setúbal, na qual marcou presença o vereador da Câmara Municipal Pedro Pina, serviu ainda para a realização de atividades, nomeadamente de um Jogo da Glória, criado com o objetivo de sensibilizar a população sénior para a prevenção de quedas. “Participaram cerca de vinte idosos, mas é uma ação que chegou a pelo menos 70 pessoas, que ficaram a assistir”, complementou Fátima Semedo.

A unidade móvel instalada na Avenida Luísa Todi, promovida pelo Agrupamento de Centros de Saúde da Arrábida (ACES), em colaboração com a Autarquia e o Centro de Respostas Integradas, facultou ainda à população folhetos com várias informações úteis, em particular de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV.

Desde a criação do Serviço Nacional de Saúde, instituído em 1979, registou-se, entre muitos outros avanços, um aumento da esperança média de vida à nascença, implementaram-se programas nacionais eficazes na proliferação de doenças, entre os quais o Programa Nacional de Vacinação, registou-se um decréscimo na taxa de mortalidade infantil e garantiu-se o acesso comparticipado a medicamentos.