A intervenção, num investimento da Câmara Municipal da ordem dos 14 mil euros, realizado através do regime de prestação de serviços, permite a eliminação, nesta fase, de 63 dos perto de cem cepos de árvores que estão identificados em todo o Concelho.

A ação, que decorre em seis freguesias das oito freguesias – Anunciada, S. Julião, Santa Maria, S. Sebastião, S. Lourenço e Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra –, é executada com recurso a dois métodos de trabalho distintos que visam a remoção integral de 32 cepos e o rebaixamento de 31.

“Esta é uma operação sem precedentes em Setúbal que permite com maior facilidade e rapidez solucionar este problema dos cepos na via pública”, salientou o vereador do Ambiente , Manuel Pisco, numa demonstração das técnicas utilizadas, realizada no dia 8, na Rua do Senhor Jesus dos Aflitos e na Avenida Rodrigues Manito.

Um dos métodos utilizados na operação consiste na remoção total do cepo, ação conduzida com recurso a um instrumento cónico, instalado num trator, que permite alcançar toda a extensão da árvore que está enterrada, sendo, posteriormente, puxada e removida.

Nos casos em que não é possível recorrer a este método devido à proximidade de infraestruturas subterrâneas, de telefone, água, gás ou eletricidade, a empresa responsável por este procedimento, a Moix, opta pelo rebaixamento do cepo.

Esta segunda técnica, utilizada com recurso a um género de broca, igualmente instalada no trator, consiste na perfuração do cepo, até a um limite máximo de 20 centímetros, e consequente destruição e remoção do cepo. Neste caso, a Autarquia procede, posteriormente, à pavimentação da área.

Nos locais intervencionados no dia 8, as ações consistiram na remoção total de cepos de ulmeiros e choupos, na Rua do Senhor Jesus dos Aflitos, e bordos, na Avenida Rodrigues Manito, numa área próxima do Estádio do Bonfim.

Manuel Pisco enalteceu a metodologia de trabalho usada nesta operação, que deve estar concluída até ao final de março, frisando que “são técnicas usadas pela primeira vez em Portugal e que tiveram um grande sucesso em Barcelona”.

O vereador reforçou que, com esta ação, “uma solução viável e com garantias de sucesso, torna-se mais fácil recuperar o passivo de cepos por arrancar no Concelho”.

O tempo de remoção dos cepos varia de acordo com o estado de conservação dos mesmos e até com o tipo de madeira da árvore. Para uma melhor execução desta operação é fundamental haver um período de espera após o corte da árvore.

“É importante realizar tratamentos de desvitalização da árvore e aguardar, pelo menos, três a quatro meses até se proceder à remoção do cepo”, explicou o chefe da Divisão dos Espaços Verdes, Sérgio Gaspar.

Esta operação, realizada no âmbito do Plano Anual de Arboricultura da Câmara Municipal, está a ser acompanhada pelos serviços municipais e por técnicos de infraestruturas instaladas no subsolo, nomeadamente das redes de comunicações e gás.

Noutra fase, a Autarquia vai avançar com intervenções semelhantes para a remoção dos restantes cepos que estão identificados no Concelho.