“Pelo tipo de programação e pelos espaços onde se realiza, este é um festival muito original e que marca a diferença no panorama nacional”, sublinha Pedro Baliza, da World Community of People, associação que organiza o Rendez-Vous com o apoio da Câmara Municipal.

O certame, realizado este ano no ambiente intimista do Convento de Jesus, atraiu “pessoas que já conheciam a iniciativa, mas também muitas outras que vieram pela curiosidade”, constata Pedro Baliza.

Do cartaz, composto por música e cinema, sobressaíram os nomes de Sei Miguel, que apresentou o projeto “Carro de Fogo”, e Astral Social Club, protagonizado pelo britânico Neil Campbell.

“A presença de Sei Miguel foi marcante. Foi um concerto quase hipnótico. E Astral Social Club não defraudou com o psicadelismo que o caracteriza”, resume Pedro Baliza.

Neil Campbell somou ainda à performance uma atuação com Sitcky Foster, participação que não estava inicialmente prevista no programa.

“Este não é um festival de género, isto é, não se pode definir como sendo de jazz ou música experimental. Centra-se em sonoridades que ainda estão por descobrir”, explica Ana Baliza, também da World Community of People.

Esta foi a quarta edição do Rendez-Vous Festival, “e a terceira desde que não é exclusivamente de jazz”, sublinha Ana Baliza, destacando ainda, além do valor cultural do certame, a forte proximidade e o convívio que o certame proporciona entre público e artistas num ambiente muito informal.

O festival, realizado entre sexta-feira e domingo, contou ainda com um ciclo de cinema, com obras escolhidas com a colaboração do crítico Francisco Valente e que captam perspetivas diferentes de Nova Iorque nos anos 70 e 80.