Richie Campbell, Boss AC e Xutos & Pontapés, a par de UHF e Alcoolémia, são cabeças de cartaz do festival a realizar no Parque Sant’Iago, recinto cedido pela Câmara Municipal de Setúbal, no qual são esperados, ao longo dos três dias, mais de 40 mil pessoas.

“Nesta edição, o espetro musical foi alargado. O rock mantém o registo de referência do evento, mas também temos hip-hop, reggae e pop rock para atrair mais pessoas”, sublinhou o diretor artístico do festival, Pedro Gomes, no dia 27, em conferência de imprensa realizada na Casa da Cultura.

A segunda edição do Rock no Sado, com dois palcos instalados no recinto das Manteigadas, “um local com excelentes condições para este tipo de eventos”, reforçou Pedro Gomes, aposta na promoção de bandas jovens do distrito de Setúbal e inclui duas festas temáticas, da antiga discoteca Seagull e do Bar Absurdo.

O festival, com bilhetes diários a custar 15 euros e passes de três dias por 30 euros com direito a campismo, apresenta, no palco Arrábida, o principal, Richie Campbell e Klepht, no dia 15 de agosto, Boss AC e Lemm Project, a 16, e Xutos & Pontapés, UHF e Alcoolémia, a 17.

Já o segundo palco, o “Sado”, destinado a bandas mais alternativas e em fase de crescimento, recebe no primeiro dia, a 15 de agosto, Børge, Million Dollar Lips, Zop, Get a Dog, Ol’Jolly Roger, Electric Divinity e os vencedores do Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal deste ano, os Dead Stone.

O mesmo espaço acolhe no dia seguinte, a 16, Switchtense, Hills Have Eyes, The Quartet of Woah, Low Torque, Fokker e Phazer, enquanto para o último dia de festival está reservada a atuação de União das Tribos, Karpe Diem, Um Zero Azul, Booster, Rysko e Gente Estranha, banda que deu um showcase na conferência de imprensa.

“A estratégia passa por ter boa música e muito rock na cidade”, realçou o vereador da Cultura da Câmara Municipal de Setúbal, Pedro Pina, ao apontar o potencial do festival. “Setúbal pode contribuir para que este seja um dos grandes eventos de âmbito nacional.”

O autarca, ao afirmar que o Rock no Sado materializa “uma outra dimensão da cultura”, enalteceu a aposta na música portuguesa. “É importante que as bandas tenham um espaço que as possa projetar no panorama nacional”, frisou, ao fazer um paralelismo com o Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal.

O desafio foi partilhado por António Manuel Ribeiro, líder dos UHF e padrinho do evento, ao abraçar a causa nacional. “Vi crescer esta ideia e tornar-se uma realidade. Sou da música portuguesa o que me leva a estar sempre presente no Rock no Sado.”

O festival conta com um parque de campismo gratuito com acesso a sanitários e duches, espaços de restauração e de comércio, uma zona de divulgação empresarial e institucional, uma área dedicada ao tema “Motas e Motards” e um parque de estacionamento gratuito para o público.

Maya, promotora de eventos e cuja empresa Maya Eventos se associa à organização do festival, salientou que uma das diferenças desta segunda edição do Rock no Sado é o avanço no calendário. “Trata-se de uma opção estratégica, para tentar cativar mais público”, explicou.

A “melhoria do cartaz musical e dos atrativos do evento” é uma das apostas para a consolidação do Rock no Sado, que aspira a um lugar “no top-8 dos festivais nacionais”, realçou Maya. “É fácil trabalhar com bons projetos, como é o caso. É gratificante ver o festival a crescer.”

A apresentação do Rock no Sado, realizada no Pátio do Dimas, no Café das Artes da Casa da Cultura, contou ainda com uma atuação dos Alcoolémia.