Dia Mundial da Diabetes | Avaliação de risco

O Dia Mundial da Diabetes foi assinalado no dia 14 em Setúbal com uma ação de avaliação de risco gratuita, no Mercado do Livramento, destinada a sensibilizar a população para os perigos desta patologia.


“A prevenção da diabetes deve começar nas escolas, junto das crianças, que devem ser educadas para evitar os alimentos carregados de açúcar”, afirmou o vereador da Saúde da Câmara Municipal de Setúbal, Ricardo Oliveira, que esteve presente na campanha de sensibilização.

O autarca explicou que esta ação, organizada pela Câmara Municipal em colaboração com o Agrupamento de Centros de Saúde Arrábida e a Unidade de Cuidados da Comunidade de Palmela, pretende “alertar a população para o problema da diabetes, para a necessidade de promover estilos de vida saudáveis e procurar sempre a ajuda e o apoio necessários junto das unidades de saúde”.

Ricardo Oliveira salientou ser “muito importante” o trabalho comunitário desenvolvido por cinco enfermeiros, porque, mesmo considerando tratar-se de uma ação simbólica, tem um forte impacte junto da população.

“O mais preocupante é que existem muitos casos que não estão diagnosticados. Estima-se que 6 por cento da população não sabe que é diabética”, alertou a coordenadora da Unidade de Cuidados da Comunidade de Palmela, Isabel Santos, que realizou os testes de avaliação de risco da diabetes tipo 2, caracterizada pelo excesso crónico de açúcar no sangue.

Isabel Santos frisou que o mais importante é atuar na prevenção. “É isso que estamos aqui a fazer hoje. Estamos a trabalhar a população no sentido de despistar se existe ou não o risco de desenvolver a doença, além de informar sobre os perigos inerentes.”

António chega calmo e sorridente, de compras na mão, à mesa das avaliações instalada no corredor central do Mercado do Livramento, onde também estiveram a ser distribuídos folhetos informativos sobre a diabetes tipo 2, uma doença que atinge, anualmente, cerca de dez milhões de pessoas em todo o mundo.

“Vim só confirmar se tenho diabetes ou não. Sinto-me bem, mas como mais doces do que devo”, revelou o reformado, de 73 anos, desconhecendo, na altura, que a ação apenas avaliava o risco de se contrair a doença.

“Senhor António, só queremos fazer-lhe um teste que mede o seu índice de massa corporal, a regularidade com que pratica atividade física e perceber se come vegetais. Depois, a partir dos resultados da avaliação, dizemos-lhe se tem risco de ter diabetes ou não”, esclareceu a enfermeira.

Isabel Santos alertou para os fatores de risco da doença, nomeadamente indivíduos que têm familiares com diabetes, que não pratiquem exercício físico, tenham uma dieta pouco saudável e apresentem excesso de peso, sendo que os principais sintomas são sede, cansaço, suores excessivos e vontade frequente em urinar.

A avaliação de risco de diabetes pode ser feita em qualquer altura, nomeadamente através da área do cidadão do Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS), acessível nesta ligação, plataforma que disponibiliza online uma ferramenta que permite fazer a avaliação do risco da diabetes tipo 2 e agendar consultas.