As Festas de Nossa Senhora do Rosário de Troia, evento organizado com o apoio do município de Setúbal, decorrem entre os dias 4 e 9 de agosto, com ajustes no programa tradicional, em respeito pelas normas de segurança em vigor contra a crise pandémica.
Os tradicionais festejos que ligam as duas margens do Sado, organizados pela comissão de festas, estão de volta, em modelo adaptado, com os eventos a serem realizados em cumprimento das regras de distanciamento físico, uso de máscara e higienização das mãos.
Um círio fluvial, afastado da frente ribeirinha da cidade, e duas procissões automóveis pelas ruas de Setúbal são algumas das iniciativas que compõem o programa de 2021, que, ao contrário de edições anteriores, não contará com iniciativas em Troia, incluindo o habitual acampamento na Caldeira.
De forma a que a segurança da população não fique comprometida, a permanência de embarcações na Caldeira não é permitida e as cerimónias religiosas em Setúbal realizam-se com número limitado de participantes mediante os lugares disponíveis.
As Festas de Nossa Senhora do Rosário de Troia, das mais antigas festividades populares do concelho de Setúbal e com uma tradição muito forte na comunidade piscatória local, incluem um tríduo em honra da santa padroeira, nos dias 4, 5 e 6, às 21h00, na Igreja de São Sebastião.
No dia 7, às 15h00, nas instalações da Lota, concretamente no espaço de venda n.º 2, realiza-se uma missa por alma dos marítimos falecidos.
Às 16h00, a imagem de Nossa Senhora do Rosário de Troia é levada num círio fluvial com passagem por Troia e regresso a Setúbal para uma procissão automóvel que, a partir das 17h00, percorre várias ruas do Faralhão.
O terceiro dia de comemoração, 8 de agosto, inclui nova missa em homenagem aos marítimos desaparecidos, a partir das 10h30, novamente no espaço de venda n.º 2 da Lota.
No dia 9, data de desfecho das festividades, há uma missa, às 10h00, na Igreja de S. Sebastião.
Com partida de Setúbal, pelas 15h00, um círio transporta a imagem de Nossa Senhora do Rosário de Troia com passagem por Troia e Outão e regresso a Setúbal para uma procissão automóvel que percorre várias ruas do concelho a partir das 17h30.
As festividades, organizadas com o apoio da Junta de Freguesia de São Sebastião e da União das Freguesias de Setúbal, decorrem anualmente há cerca de cem anos, mas os primeiros registos, na Caldeira de Troia, datam de há cerca de quinhentos anos.
A adoração a Nossa Senhora do Rosário de Troia tem origem numa lenda em que um grupo de pescadores, durante um período de aflição no decurso de uma tempestade, conseguiram ficar a salvo ao encontrar abrigo na Caldeira. Aí, descobriram uma imagem de madeira nas margens, alegadamente proveniente de uma embarcação estrangeira, o que os fez acreditar que foram salvos por ela.
