Várias entidades marcaram presença na Praça Almirante Reis, onde se encontra o Monumento aos Combatentes da Grande Guerra, para um momento de homenagem aos militares portugueses que pereceram durante o conflito mundial que decorreu entre 1914 e 1918.

A cerimónia, organizada pelo Núcleo de Setúbal da Liga dos Combatentes, contou com a participação da Câmara Municipal de Setúbal, representada pelo vereador Carlos Rabaçal.

O autarca, no discurso de encerramento da evocação, alertou que “os contemporâneos da altura pensaram que o fim do conflito seria uma valiosa lição”, algo que, acrescentou, o tempo provou estarem errados.

“Que o Homem não aprende muito com as lições da história é a principal lição que a história tem para nos ensinar”, continuou Carlos Rabaçal ao citar o escritor Aldous Huxley.

O autarca sublinhou, igualmente, que a data do armistício da Grande Guerra “deve servir para celebrar a paz”.

A cerimónia da manhã de dia 11 contou com os toques militares de silêncio, homenagem aos mortos e alvorada, intermediados de um minuto de silêncio.

A tradicional presença de um pequeno contingente militar na cerimónia foi pontuada por um pelotão do Regimento de Artilharia n.º 5 do Exército, de Vendas Novas.

A cerimónia de deposição e flores, à qual assistiram vários populares, contou também com representantes da União das Freguesias de Setúbal, PSP, GNR, Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, Associação de Especialistas da Força Aérea, Associação de Deficientes das Forças Armadas, Capitania do Porto de Setúbal, Clube Militar de Oficiais e Associação de Paraquedistas.

Portugal participou na I Guerra Mundial com um contingente de mais de 100 mil homens, dos quais 8338 foram mortos em combate e cerca de nove mil ficaram feridos ou inválidos.

O Regimento de Infantaria n.º 11, localizado em Setúbal, registou um total de 54 baixas nos conflitos em que esteve envolvido em França e em Moçambique, durante a guerra de 1914-1918.