Na cerimónia do Dia do Pescador, realizada junto do Memorial ao Pescador Setubalense Desaparecido, cerca de três dezenas de pessoas juntaram-se para cantar o “Homem do Mar”, um hino do Apostolado do Mar.

Após a deposição de uma coroa de flores, a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, enalteceu a importância do encontro, classificando-o como numa “merecida homenagem” a pessoas cujo desaparecimento, referiu, afeta diretamente os setubalenses.

Entre os populares presentes na cerimónia de homenagem aos pescadores desaparecidos no mar a perda foi, de facto, o sentimento comum.

Maria Helena Martins, 74 anos, recordou o pai desparecido no mar quando ela tinha apenas 21, frisando “a angústia de nunca saber do corpo”, que a acompanha até à atualidade.

A dor da incerteza foi igualmente apontada por Mariete Sousa, que também recordou o pai desaparecido no mar durante o regresso de uma pescaria em alto-mar. Enalteceu a iniciativa, organizada pela Câmara Municipal de Setúbal, que considerou “extremamente importante” e um contributo decisivo para que os pescadores, desaparecidos ou não, nunca sejam esquecidos.

A vereadora dos Recursos Humanos da Autarquia, Carla Guerreiro, igualmente presente na cerimónia, recordou aos presentes que as comemorações do Dia do Pescador contam ainda, em Setúbal, com a celebração de uma missa pelo padre Vítor Portugal, na Igreja de S. Sebastião, no domingo, dia 2, às 08h00.