A iniciativa, entre as 09h00 e as 18h00, promovida no âmbito da Semana Mundial do Glaucoma, foi desenvolvida pelos médicos David Martins e Hugo Seuanes, do Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar de Setúbal, e contou com a presença da presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira.
Setubalense de várias faixas etárias submeteram-se ao exame que diagnostica esta doença da visão, que pode provocar a cegueira. Emília Águas, 72 anos, professora reformada, vive há vários anos com problemas na visão. “Com a idade foi-me diagnosticado glaucoma. Soube deste rastreio pela televisão e vim cá de propósito. Estas iniciativas são sempre importantes para a população.”
O rastreio é simples, rápido e não provoca dor. É feito com recurso a aparelhos que analisam os valores da tensão ocular e que, segundo as explicações do médico oftalmologista Hugo Seuanes, só é diagnosticado um potencial glaucoma quando a tensão ocular se encontra com valores acima de 21 milímetros de mercúrio.
“O que nos interessa diagnosticar são situações com grau muito elevado e até ao momento os valores que temos verificado nas pessoas já rastreadas estão estáveis. Caso venhamos a identificar algum caso, é de imediato referenciado e reencaminhado para a consulta no hospital”, explicou Hugo Seuanes, durante a manhã
Para o oftalmologista, o glaucoma e os problemas associados já estão presentes no conhecimento da sociedade. Porém, e uma vez que se trata de uma doença que envolve medição de tensão, causa sempre dúvidas na população.
“É importante transmitir que a tensão ocular nada tem a ver com a tensão arterial. Quando dizemos que a tensão ocular é de 16, as pessoas pensam de imediato que é alta. Mas não é. Para tensão ocular é estável. Para tensão arterial será alta, de facto”, esclarece.
Conhecido como o ladrão silencioso da visão, o glaucoma é considerado uma das principais doenças da visão e, embora seja tratável, não tem cura. Afeta cerca de 100 mil pessoas em Portugal e é a segunda maior causa de cegueira a nível mundial.
