As problemáticas ambientais associadas às últimas sociedades de caçadores-pescadores-recoletores estão em análise no dia 15 de abril num workshop a realizar no auditório da Casa da Baía.
“Repensar o Mesolítico” é o tema do evento, criado com o objetivo de discutir as problemáticas ambientais associadas às últimas sociedades de caçadores-pescadores-recoletores, as quais, no distrito de Setúbal, constituíram duas importantes áreas de povoamento mesolítico, no Sado e na Costa Sudoeste.
O encontro reúne um conjunto de investigadores e académicos portugueses e internacionais que abordam também os processos de mudança cultural que levaram à emergência das sociedades camponeses.
O workshop “Repensar o Mesolítico”, organizado pelo Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal/AMRS e pelo UNIARQ – Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal, é de participação gratuita, sendo necessária inscrição nesta página.
O evento, realizado no âmbito das comemorações do 50.º aniversário do MAEDS – Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal e dirigido a arqueólogos, técnicos e estudantes de Arqueologia e História e público em geral, conta ainda com a apresentação do volume 21 do livro “Setúbal Arqueológica”.
O programa do encontro tem início às 10h30, com “Dos Preguntas: ¿Donde pasaron los últimos cazadores-recolectores en el centro Mediterráneo?” “¿Porque comprender la transición en Iberia es tan complejo?”, com o contributo de Michael Templer, da Universidade de Neuchatel, da Suíça.
Segue-se, às 11h00, uma intervenção subordinada ao tema “Mesolítico e Economia Azul no Sudoeste Português”, por Joaquina Soares e Carlos Tavares da Silva, do MAEDS e do UNIARQ.
Às 12h00, o presidente do Conselho Internacional para a Filosofia e as Ciências Humanas, Luiz Oosterbeek, apresenta o livro “Pescadores e Mariscadores Mesolíticos do Sudoeste Português. Novos Dados (Setúbal Arqueológica, 21)”, com coordenação de Joaquina Soares.
O workshop “Repensar o Mesolítico” prossegue às 14h00 com “A Transição Mesolítico-Neolítico no Vale do Sado”, com a participação de Mariana Diniz, do UNIARQ.
Segue-se, às 14h30, uma intervenção da responsabilidade de João Luís Cardoso, da Universidade Aberta, que aborda “Mesolítico do Tejo. Da diacronia dos factos aos relatos da História”.
Entre as 15h00 e as 16h00, Victor Gonçalves e Ana Catarina Sousa, do UNIARQ, fazem uma apresentação sobre “Mesolítico-Neolítico na Baixo do Tejo” e “Mesolítico na Estremadura Portuguesa”.
A última intervenção do workshop está agendada para as 16h30, com uma intervenção de Cleia Detry e colaboradores do UNIARQ, sobre “Faunas mamalógicas mesolíticas e neolíticas. Análise comparativa”.
