O espetáculo “Tocando Ritmos, Trocando Canções”, protagonizado pela Grand Union Orchestra, no dia 17, foi um dos pontos altos do evento organizado numa parceria Câmara Municipal de Setúbal, The Helen Hamlyn Trust e A7M – Associação Festival de Música de Setúbal.

No Fórum Municipal Luísa Todi, completamente esgotado, o conjunto britânico dirigido por Tony Haynes encantou o público com um espetáculo que fundiu ritmos tradicionais de diferentes pontos do mundo, com a presença em palco de músicos oriundos de vários países.

Da música antiga chinesa à canção popular bengali, passando pelos ritmos latino-americanos, bhangra e ragas indianos, baladas portuguesas e percussão africana, alguns dos temas em concerto foram interpretados em conjunto com alunos da Academia de Música e Belas-Artes Luísa Todi e do Conservatório Regional de Setúbal e com jovens do grupo BelaBatuke, do Agrupamento Vertical de Escolas Ordem de Sant’Iago.

Antes, na entrada do Fórum Municipal Luísa Todi, foi ainda possível assistir ao pré-concerto “Ritmos Comunicantes”, protagonizado pelos BelaBatuke e por alunos da Academia Luísa Todi, no qual os tambores foram instrumentos de comunicação e de relação cultural.

Ainda no dia 17, pela manhã, as ruas de Setúbal foram dominadas por um exército de pequenos músicos. Um desfile de percussão, dirigido por Fernando Molina, juntou perto de mil crianças de escolas do concelho e de associações de imigrantes da cidade, que tocaram instrumentos feitos a partir de materiais reciclados, mostrando que a música é uma arte universal.

No dia 18, a música começou logo pela manhã, com o espetáculo “O Festival vai à Praça de Bocage”, com temas clássicos interpretados pela orquestra de violinos do Conservatório Regional de Setúbal, os Paganinus, que atuaram, em virtude das condições meteorológicas adversas, nas arcadas nos Paços do Concelho.

No âmbito daquela apresentação, ensembles do conservatório setubalense percorreram as ruas da Baixa comercial, proporcionando momentos musicais aos transeuntes que se encontravam no centro histórico.

A festa musical continuou de tarde, no Auditório de Nossa Senhora da Anunciada, com o concerto “Comunique!”, com a primeira parte do espetáculo a cargo do Coral Infantil de Setúbal, grupo que atuou, igualmente, no segundo ato juntamente com os coros de setes escolas do 1.º ciclo do ensino básico do concelho e com a Orquestra do Conservatório Regional de Setúbal.

À noite, já no Fórum Municipal Luísa Todi, o compositor, maestro e percussionista de música erudita Pedro Carneiro dirigiu um espetáculo da Orquestra de Câmara Portuguesa, conjunto musical que cofundou em 2007.

No concerto, com a duração de cerca de duas horas, intitulado “Bomtempo & Beethoven”, a orquestra interpretou a “Sinfonia n.º 2” do autor português João Domingos Bomtempo e a “Sinfonia n.º 3 – Eroica” do compositor alemão Ludwig van Beethoven.

No dia 19, o Festival de Música de Setúbal foi até à Quinta da Bacalhôa, em Azeitão, para um concerto que juntou as batuqueiras Rinka Finka e o grupo de dança Nôs Talentu, ambos da Associação Cabo-Verdiana de Setúbal, a violoncelistas da Orquestra de Câmara Portuguesa, dirigidos por Ângela Carneiro.

À tarde foi a vez de o estabelecimento de ensino especial Externato Rumo ao Sucesso e de o Conservatório Regional de Setúbal apresentarem no Fórum Municipal Luísa Todi o espetáculo “A Grande Serpente Marinha”, inspirado no conto homónimo do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen.

À noite, na Igreja de S. Sebastião, “Rosa Immaculata – Cenas da Vida da Virgem”, protagonizado pelo coro Voces Caelestes, com direção de Sérgio Fontão, encerrou o cartaz do evento musical, num concerto que abordou orações, hinos e poesia popular de inspiração mariana em obras de vários compositores europeus e americanos.

A terceira edição do Festival de Música de Setúbal, subordinada ao tema “Comunicação”, abriu no dia 16, à noite, com “Contos de Fadas, Casas Assombradas, Princesas Encantadas – E um Elefante!”, num espetáculo conduzido pelo pianista português Artur Pizarro, no Fórum Municipal Luísa Todi.