Tais cortes representam duro golpe na promoção e divulgação das artes que muito penaliza Setúbal, mas também para todos os apreciadores da sétima arte que, todos os anos, desde 1985, acorrem a esta festa do cinema.

A Câmara Municipal foi, desde a primeira hora, quando o festival tinha ainda sede em Troia, um dos principais parceiros do certame e nunca regateou apoios à sua realização, quer financeiros, quer logísticos.

Foi esta autarquia que, ao longo dos 30 anos de vida do Festroia, sempre disponibilizou salas, transportes, instalações ou apoios à promoção e divulgação, entre muitas outras ajudas. Só desde 2002, os apoios financeiros diretos aprovados pela Câmara Municipal ascendem a 1.633.400 euros, valor que indica a real dimensão do empenhamento municipal nesta iniciativa.

A Autarquia, isolada, é, porém, incapaz de garantir todos os meios financeiros necessários à concretização do festival e, por isso, apela a que os organismos do Estado que gerem os meios financeiros para apoiar o cinema, em especial o ICA, reconsiderem a decisão de reduzir o apoio ao Festroia, no que é um inaceitável ataque à cultura portuguesa.