“Que a escola e os seus alunos têm qualidade, é sabido por todos, mas é importante que essa excelência se mostre fora das paredes do estabelecimento de ensino”, sublinhou a diretora da escola setubalense, Maria João Carmo, durante a iniciativa.

Os produtos característicos da região, como o choco, os vinhos e os queijos, estiveram em destaque, mas a oferta gastronómica foi muito além da mera regionalidade local.

Entre as várias experiências proporcionadas neste original circuito de sabores, encontravam-se vichyssoise de robalo, bolinhas de alheira, mexilhões com cebolada e ostras panadas.

O palato do muito público que se foi juntando debaixo da proteção das arcadas dos Paços do Concelho acabou por ser surpreendido em troca de apenas três euros. Cada senha dava acesso a duas tapas e a uma bebida.

O menu do circuito foi pensado e confecionado pelos alunos finalistas do Curso de Gestão e Produção de Cozinha da Escola de Hotelaria de Setúbal, mas também por quatro restaurantes da cidade, o Forno da Lotta, o Poço das Fontainhas, o AmarSetúbal e a Casa Santiago.

“É importante a interação dos alunos com o tecido empresarial da restauração local. Os alunos têm a oportunidade de conhecer e interagir com empresários do setor e esses empresários têm a oportunidade de estar cara a cara com futuros profissionais capazes de garantir serviço altamente qualificado”, salientou Maria João Carmo.

Visão perfilhada pelos representantes de cada um dos restaurantes que aceitaram participar nesta primeira edição do projeto.

Diogo Duarte, da Casa Santiago, frisou que há “muito a beneficiar de uma relação com a Escola de Hotelaria”, enquanto Rita Loução, do Forno da Lotta, reconheceu que o restaurante, aberto há cerca de um ano, já conta com empregados formados no estabelecimento de Setúbal.

A Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, que conta com o apoio da Câmara Municipal na organização desta iniciativa, pretende dar continuidade ao Circuito das Tapas, com Maria João Carmo a adiantar que “o mais natural” será o projeto regressar às ruas da cidade nos próximos anos, “de preferência com o envolvimento de mais restaurantes”.

Pires Correia, gerente do espaço AmarSetúbal, já anseia pelas futuras edições do circuito. “É importante que os nossos colegas da restauração se juntem a esta iniciativa. Estes jovens [da Escola de Hotelaria de Setúbal] serão as alavancas para a inovação da gastronomia setubalense, que, já de si, tem uma qualidade excecional”.

A qualidade da formação do estabelecimento sadino foi também realçada por Nuno Campos, representante do restaurante Poço das Fontainhas, que alertou, ainda, para a “necessidade de haver mais profissionais qualificados na restauração de Setúbal”.