A peça conta a história fantasiosa de um encontro virtual entre Olavo Bilac e Bocage, nas vésperas da conferência que o poeta brasileiro iria proferir sobre o setubalense, em São Paulo, em 1917.

O fantasma de Bocage visita Olavo Bilac, de que resulta “um diálogo vivo e interessante entre dois homens que nasceram em épocas diferentes, mas que falam como se realmente se tivessem conhecido e acabam por criar uma relação de amizade”, conta a diretora do TAS, Célia David, encenadora desta nova produção da companhia setubalense.

O TAS conheceu “A Noite dos Poetas”, de João Natale Netto, em dezembro, através de Maria Helena de Mattos, que teve conhecimento deste texto quando moderou o Congresso Internacional “Bocage e as Luzes do Século XVIII”, realizado três meses antes em Setúbal no âmbito das Comemorações dos 250 Anos do Nascimento de Bocage.

O escritor brasileiro, estudioso de Olavo Bilac, não conseguiu estar presente no congresso por motivos de saúde, mas enviou uma mensagem lida na altura por Maria Helena de Mattos e um livro autografado, que esta emprestou a Célia David.

“Li o livro e começou a ser amadurecida a ideia de fazer uma peça para integrar a programação do TAS em 2017 e as Comemorações Bocagianas”, indica a diretora do TAS.

Célia David adaptou o texto e enviou-o para aprovação a João Natale Netto, que, revela, “ficou muito entusiasmado e até pondera uma forma de levar o espetáculo ao Brasil”.

Depois da estreia no dia 15, às 21h00, “A Noite dos Poetas”, com interpretação de André Moniz, Duarte Victor e Susana Brito, para maiores de 14 anos, é apresentada a 22, 23, 29 e 30 de setembro, às 21h30, em sessões igualmente na Casa Bocage e de entrada livre mediante marcação prévia através do telefone 265 532 402.