“O investimento na cultura é uma das prioridades da Autarquia. Nesta estratégia, enquadra-se a reabilitação do Teatro do Bolso, a casa do TAS, uma companhia que faz parte da história da cidade”, realçou a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, na reabertura do espaço.

A autarca, ao sublinhar a importância do Teatro de Bolso para a dinamização de atividades culturais na cidade, adiantou que a adaptação do edifício às imposições legais traduziu-se numa “obra complexa”, num investimento da ordem dos 100 mil euros da Câmara Municipal de Setúbal.

O Teatro de Bolso, instalado num edifício do início do século XX, localizado na Rua Aníbal Álvares da Silva, é composto por uma sala de espetáculos com lotação para 50 espetadores, incluindo dois lugares para pessoas com mobilidade reduzida, uma sala de ensaios, zona de bilheteira e instalações sanitárias.

A requalificação e adaptação geral do edifício incluíram operações ao nível da iluminação de emergência, elaboração de planos de segurança e de evacuação, sistema de deteção de incêndios e ventilação da sala de espetáculos.

O revestimento da sala com materiais que permitem melhores condições térmicas e acústicas, a recuperação das poltronas existentes na bancada destinada ao público e a pintura de todo o interior foram outras ações dinamizadas no âmbito desta intervenção liderada pela Autarquia.

“O Teatro Animação de Setúbal tem agora mais condições de trabalho e a grande responsabilidade de voltar a encher esta sala, com produções cénicas de grande qualidade e que proporcionem mais cultura para os munícipes”, frisou Maria das Dores Meira.

A edil, ao recordar que o TAS já deu grandes atores ao teatro nacional, vincou o esforço camarário realizado nos últimos anos em termos culturais. “Trabalhamos em contraciclo com os tempos de crise para o bem dos nossos munícipes.”

O diretor do TAS, Carlos Curto, não escondeu alegria por voltar a um espaço que bem conhece. “É um dia muito especial para esta companhia e para Setúbal. Aqui é a nossa casa, o nosso teatro, no qual podemos desenvolver o nosso trabalho com regularidade.”

Carlos Curto, ao adiantar que apesar do período de encerramento do Teatro de Bolso, durante mais de dois anos, após uma Inspeção-Geral das Atividades Culturais, a atividade do TAS nunca parou, frisou que este é um tempo “muito difícil para as companhias de teatro, que estão a ser asfixiadas pelo Estado”.

A cerimónia de reabertura do Teatro de Bolso contou com a antestreia/ensaio geral da nova produção “Bartoon II”, a 121.ª produção do TAS, com texto, conceito e direção de Carlos Curto e interpretações Carlos Rodrigues, Duarte Victor, José Nobre e Sónia Martins.

Com a primeira apresentação ao público agendada para dia 22 à noite, a peça está em cena até ao final do ano, com sessões no Teatro de Bolso às sextas-feiras e sábados às 22h00 e aos domingos às 16h00.

“Bartoon II”, baseada numa seleção de dez anos das tiras que o cartoonista Luís Afonso publica no jornal “Público”, estabelece uma trama dramática com um trabalho de tipificação das personagens de forma a ser possível criar-lhes estados emocionais e maneiras de ser e de estar.

No respeito pelo espírito dos cartoons originais, a produção do TAS representa um universo onde as pessoas se encontram para enganar a solidão e esquecer momentaneamente as incertezas e angústias que a atual sociedade inevitavelmente provoca, um local onde elas se questionam e refletem sobre a(s) vida(s), com sarcasmo, humor e sentido crítico.

Para maiores de 12 anos, a peça tem bilhetes a 7,5 euros para o público em geral e a seis para maiores de 65 anos e portadores de cartão de estudante.

O Teatro Animação de Setúbal aceita reservas, que devem ser feitas pelo endereço geral@tas,pt ou pelo telefone 265 532 402.

 

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