A Casa do Elefante, situada no segundo piso do número 35 da Rua Luís de Camões, na Baixa comercial, inclui uma sala de produção, uma área de acolhimento para artistas convidados e um espaço destinado à realização de pequenas iniciativas de índole cultural.

“Este novo espaço permite uma maior aproximação da companhia à comunidade e possibilita a realização de um conjunto de atividades mais abrangentes”, realçou Fernando Casaca, diretor do Teatro do Elefante, no momento que assinalou a abertura das instalações.

Debates, palestras e workshops são algumas das iniciativas programadas para o novo espaço. O programa começa em abril com uma atividade de ioga para crianças, prosseguindo em maio, mês do Dialogo Intercultural, com conferências sobre Mahatma Gandhi e um prémio Nobel.

“A ideia é fomentar e dinamizar um pequeno centro cultural aberto a todos”, afirmou Fernando Casaca sobre o novo espaço, talhado igualmente para acolher pequenas exposições temporárias. “É uma casa agradável, à qual procurámos dar um cunho especial do Teatro do Elefante.”

A Casa do Elefante reforça as condições de trabalho da companhia de teatro setubalense, que dinamiza anualmente várias produções e animações de rua, nomeadamente no âmbito de um protocolo de colaboração com a Câmara Municipal de Setúbal.

A importância da criação do novo espaço foi salientada pelo vereador da Cultura da Autarquia, Pedro Pina. “É uma mais-valia para as populações, até porque o Teatro do Elefante, com características e linguagem muito próprias, acaba por conseguir uma maior aproximação ao público.”

Seguiu-se, depois do momento que assinalou a abertura oficial da Casa do Elefante, que contou com a presença de várias individualidades da cidade, um debate intitulado “Como (sobre)vive o teatro no contexto político e cultural português atual, marcado pela austeridade”.

“A Câmara Municipal, mesmo num contexto económico desfavorável, não deixa de apoiar os grupos de teatro e de incentivar o desenvolvimento da cidadania e da cultura em Setúbal. Estes são elementos fundamentais na construção da identidade da cidade”, afirmou Pedro Pina.

Além do vereador Pedro Pina, a iniciativa, organizada, no âmbito das comemorações locais do Dia Mundial do Teatro, pelo Manifesto em Defesa da Cultura, contou com a participação de Jorge Feliciano, Pedro Penilo e Fernando Casaca, dos núcleos de Almada, Lisboa e Setúbal, e de Clementina Henriques, vice-presidente da Confederação Portuguesa das Coletividades.