Entre 24 de junho e 16 de julho, toda a equipa envolvida na criação da peça de teatro expõe-se, de diferentes formas, à observação do público, que tem assim oportunidade de assistir às diferentes fases de elaboração de uma produção cénica.

Maria João Brilhante, professora universitária e investigadora de teatro, Bruno Bravo, ator e encenador, João Carneiro, jornalista, e o próprio Luís Miguel Cintra participaram no sábado numa conversa sobre diferentes formas de levar os clássicos à cena.

A reflexão, no encontro realizado na Galeria Municipal do Banco de Portugal, foi o ponto de partida para o período de trabalhos que a Companhia Mascarenhas-Martins vai implementar na cidade de Setúbal e durante define o segundo ato da peça “Um D. João Português”, intitulado “O mar (e de rosas)”.

O projeto permite que o público assista às diferentes etapas, técnicas e criativas, de elaboração de uma peça de teatro, sempre de forma gratuita.

No dia 25, verificou-se também na Galeria Municipal do Banco de Portugal, a leitura do texto “O mar (e de rosas)”, o qual foi comentado e debatido com o público, num processo em que participou o encenador Luís Miguel Cintra.

A peça escolhida para construir o evento, dividido em quatro partes, é uma adaptação da tradução portuguesa do séc. XVIII da obra-prima da história do teatro universal “D. João”, de Molière.

A 3 de julho tem início uma residência artística de duas semanas, no cais 3 do porto de Setúbal, que inclui um ensaio aberto no dia 8, às 16h00, e duas apresentações, a 15 e 16, às 21h30.

Os interessados em participar nos diversos momentos devem inscrever-se no endereço companhiamascarenhasmartins@gmail.com.

O projeto teve um primeiro bloco de trabalho em abril, no Montijo. Depois de Setúbal, segue para Viseu, em setembro, e Guimarães, em dezembro.

No fim do trabalho com a quarta cidade, o grupo de artistas regressa a cada um dos locais para apresentar a sequência total da peça “Um D. João Português”, num espetáculo que, em Setúbal, terá lugar no Fórum Municipal Luísa Todi.