Sete séculos de história local estão representados nos “ilustres setubalenses” que figuram no célebre “Tríptico” de Luciano dos Santos

Três painéis – o dos religiosos, o central e o dos artistas – compõem este “tesouro” requisitado ao pintor setubalense pela Câmara Municipal e que se pode admirar, desde 1957, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

Algumas ligadas ao meio artístico através da música ou da poesia, cinco figuras – padre Joaquim Silvestre Serrão, D. Pedro Fernandes Sardinha, D. Gonçalo Pinheiro, frei João Pinheiro e frei Agostinho da Cruz, que apesar de não ser natural de Setúbal, aqui faleceu – compõem o painel da esquerda, o dos eclesiásticos.

A única mulher representada no “Tríptico dos Setubalenses Ilustres”, personalidade principal do painel central, é, como não poderia deixar de ser, a cantora lírica Luísa Todi.

Bocage, Vasco Mouzinho de Quevedo, autor do épico “Afonso Africano”, António Maria Eusébio, apelidado de Calafate, o “cantador de Setúbal” e os cronistas Manuel Maria Portela e Fran Paxeco são alguns dos setubalenses destacados no mesmo painel.

Cavaleiros da Ordem de Santiago, numa alegoria à concessão do foral, em 1249, navegadores que viajaram, por exemplo, na rota da Índia, uma caravela e bandeiras, quer daquela instituição, quer de Setúbal, são personagens e elementos de fundo no painel central.

No da direita, seis artistas completam a obra, com as imagens dos músicos Frederico do Nascimento, Gomes Cardim e Plácido Stichini e dos pintores Morgado de Setúbal, João Vaz e Pereira Cão.