O 3.º Festival de Jazz de Verão de Setúbal, uma organização da Jazz Class de Setúbal com o apoio da Câmara Municipal dedicada à promoção da musicalidade e da história do jazz, incluiu três concertos, uma sessão de cinema e uma palestra com um dos maiores promotores do género em Portugal.

“Ao longo de três dias trouxemos a Setúbal o melhor do jazz nacional”, sublinhou Carlos Rocha, da organização do evento, que fez um “balanço positivo” da afluência geral do festival que proporcionou ao público um conjunto de iniciativas em vários espaços e equipamento culturais da cidade.

O 3.º Festival de Jazz de Verão de Setúbal abriu no dia 3 com o concerto de HAKKEn, formação composta por João Firmino, na guitarra, João Hasselberg, no baixo, e David Pires, na bateria, que explorou novas sonoridades do jazz e do rock no pátio da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal.

No dia seguinte, a 4, a Sala José Afonso da Casa da Cultura recebeu uma palestra sobre a história do jazz, encontro conduzido por Manuel Jorge Veloso, músico e um dos maiores divulgadores do jazz em Portugal, que, ao som dos vários estilos deste género musical, abordou aspetos históricos.

Igualmente a 4, à noite, festival continuou no Fórum Municipal Luísa Todi que recebeu Cine Qua Non, grupo formado por quatro referências do jazz nacional, Paula Sousa, no piano, João Paulo Esteves da Silva, no acordeão, Afonso Pais, na guitarra, e Mário Franco, no contrabaixo.

O programa do último dia do 3.º Festival de Jazz de Verão de Setúbal, no dia 5, arrancou na Sala José Afonso da Casa da Cultura, com uma sessão cinematográfica na qual foi exibido “Bird”, filme de Clint Eastwood, de 1988, sobre o saxofonista Charlie Parker, uma das maiores referências do jazz mundial.

O encerramento do festival, à noite, reservou um concerto com o acordeonista João Barradas e o trompetista João Moreira, dois músicos de gerações distintas do jazz nacional. “Foi a estreia deste projeto musical que conta com a particularidade de ter uma instrumento pouco vulgar”, frisou Carlos Rocha.

A atuação do duo, originalmente marcada para a Sala José Afonso da Casa da Cultura, acabou por realizar-se no Pátio do Dimas, com entrada gratuita. “O tipo de concerto e o tempo excelente que se fez sentir proporcionou a alteração para um espaço ao ar livre. Acabou por ser um presente para o público”, afirmou aquele responsável.