Uma visita guiada aos painéis de azulejos do Túnel do Quebedo e à mostra “Zonas de Transição”, na Casa da Cultura, em Setúbal, marca, a 28 de outubro, o encerramento das cinco exposições “Reflexos da Galeria Ratton 1987-2018”.


A iniciativa tem início às 16h00, no Túnel do Quebedo, com o artista plástico Andreas Stöcklein a apresentar a intervenção azulejar que criou para valorizar e embelezar aquele equipamento da cidade, tendo como mote a referência a personalidades de diversas expressões artísticas ligadas à cidade de Setúbal, por nascença ou vivência.

O artista plástico segue para a Casa da Cultura onde, a partir das 17h00, participa numa visita à exposição “Zonas de Transição”, um dos núcleos do projeto “Reflexos da Galeria Ratton 1987-2018”, patente em cinco espaços culturais setubalenses desde 13 de setembro.

Após a visita, Paulo Henriques e José Meco comentam, numa conversa moderada por Teófilo Duarte, aspetos da mostra que revelam o processo de criação do azulejo para integração arquitetónica, com grandes painéis cenográficos realizados por Stöcklein para uma estação de metropolitano da cidade alemã de Essen.

O evento conta, igualmente, com as presenças do vereador da Cultura na Câmara Municipal de Setúbal, Pedro Pina, dos artistas plásticos Sara Maia e Manuel Vieira, do escritor Júlio Moreira e de Ana Viegas e Tiago Montepegado, dos responsáveis da Galeria Ratton.

A Galeria Ratton, de Lisboa, a única no país dedicada em exclusivo ao azulejo, tem patente, na Galeria Municipal do 11, na Biblioteca Pública Municipal de Setúbal, no Museu do Trabalho Michel Giacometti, na Casa Bocage e na Casa da Cultura, exposições que dão a conhecer o trabalho realizado nos últimos trinta anos.

Com o título comum “Reflexos da Galeria Ratton 1987-2018”, a iniciativa, realizada com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal, faz um balanço de uma atividade preenchida com reptos lançados a artistas de referência para a conceção de peças de arte em azulejos.

Muitos desses desafios resultaram num longo currículo de intervenções artísticas em edifícios e locais públicos, de que é exemplo o Túnel do Quebedo, num contributo para reanimar o uso do azulejo como objeto com vocação natural de valorização de espaços arquitetónicos e urbanos.