Tomada de posse da presidência do Vitória

A Câmara Municipal de Setúbal reforçou no dia 29, na cerimónia de tomada de posse da nova direção do Vitória Futebol Clube, que estará sempre disponível para ajudar a instituição desportiva.


Na cerimónia, realizada ao início da noite no Fórum Municipal Luísa Todi, a presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira, saudou e felicitou o novo presidente do Vitória de Setúbal, Carlos Silva, e a equipa de dirigentes que o acompanha neste mandato.

“Posso garantir que, seja quem for o presidente desta câmara municipal, estou convicta de que estará sempre do lado das soluções, estará sempre disponível para, no contexto das suas capacidades legais e disponibilidades, ajudar o Vitória”, sublinhou a autarca.

O reforço deste apoio institucional ganha maior relevância no momento particularmente difícil que o clube sadino atravessa, depois de a equipa de futebol sénior ter sido despromovida ao Campeonato de Portugal, na secretaria, por incumprimento dos requisitos necessários para a inscrição na I Liga.

“O que esta nova direção tem pela frente representa, sem qualquer dúvida, o maior desafio alguma vez enfrentado por um clube que, desde sempre, foi capaz de se unir para superar todos os obstáculos que encontrou. E perante tais desafios é imperioso reconhecer que não há soluções mágicas e pré-formatadas”, acrescentou.

Maria das Dores Meira enalteceu a seriedade com que a nova direção está a encarar a atual situação do clube ao reconhecer a elevada complexidade dos problemas de gestão que tem pela frente e sem “afirmar previamente que há soluções milagrosas para os resolver de um dia para o outro”.

A autarca afirmou que os destinos do Vitória Futebol Clube pertencem exclusivamente aos sócios, mas que este facto não inibe a Câmara Municipal de expressar opinião sobre medidas de gestão sempre que se justificar.

Maria das Dores Meira salientou que a autarquia não tem de se meter na vida interna do clube, mas, recordou, tem o “direito alienável de se pronunciar sempre que condições excecionais o justificam”, uma vez que “não se pode esperar que a edilidade sirva apenas para, nos momentos de aperto, contribuir com os apoios que, ao longo de décadas, ajudaram o clube a sobreviver, sem que depois possa também dar a sua opinião em circunstâncias especiais”.

A presidente da Câmara Municipal de Setúbal lembrou que o município é o parceiro mais estável do Vitória Futebol Clube, facultando vários apoios e que, financeiramente, são bastante significativos.

Considera, assim, um dever de a autarquia expressar opinião sobre a governação do clube, enquanto gestora e fiscalizadora dos apoios públicos que concede ao Vitória, na defesa do interesse público.

Salientou, todavia, que “será aos sócios do clube que competirá tomar as necessárias decisões para assegurar o seu funcionamento e continuidade”.

Maria das Dores Meira assegurou ainda à nova direção que, enquanto for presidente da autarquia, com a convicção de que futuros executivos manterão esta linha de atuação, a Câmara Municipal continuará “ao lado daqueles que, com seriedade, queiram resolver os problemas do Vitória Futebol Clube”.

Princípios que o novo presidente vitoriano, Carlos Silva, assegurou no discurso de tomada de posse serem o alicerce da nova direção. “Não estou a prometer nada. Só trabalho. E se for um trabalho feito com dignidade, com honestidade, com respeito, com verdade, o Vitória será salvo.”

Carlos Silva reconheceu que o trabalho que se avizinha é de “extrema dificuldade”, mas que não compete somente à nova direção, pois considera essencial que “todos transmitam o que é o sentimento do Vitória. Aos filhos, aos netos… Para que o Vitória tenha, eventualmente, uma continuidade”.

O recém-empossado presidente sublinhou, também, que o desafio em reequilibrar e devolver o clube aos maiores nomes do desporto nacional tem que começar de imediato, pois “se o Vitória não tiver presente, não terá certamente futuro”.