138.º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Setúbal

A importância da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Setúbal na estratégia de segurança do concelho foi destacada a 23 de outubro nas comemorações do 138.º aniversário da instituição.


“Os Bombeiros Voluntários de Setúbal assumem um papel fundamental no sistema de proteção e socorro do concelho e da região, motivo pelo qual a autarquia tem sido, e quer continuar a ser, parceira de grande revelo”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, na cerimónia realizada no quartel dos Voluntários.

No âmbito desta cooperação institucional, o autarca destacou a parceria “na prestação de serviços de socorro e emergência em Setúbal, mas também em Azeitão, onde este corpo de bombeiros está presente em permanência desde outubro de 2011, na sequência de um protocolo firmado com a autarquia”.

André Martins destacou o “inestimável serviço prestado à comunidade” pelos Voluntários, desejando que continuem “a desempenhar com sentido de dever a missão de que estão investidos”.

Uma missão com confiança reforçada, frisou o vice-presidente da direção da Humanitária de Bombeiros Voluntários de Setúbal, Paulo Anjos, para sublinhar que a instituição continuará a ser capaz “de vencer os complexos desafios colocados na gestão quotidiana da associação”.

Um desses desafios diz respeito à recente publicação em Diário da República do Despacho n.º 9936/2021, dos gabinetes da Secretária de Estado da Administração Interna e do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, o qual determina os subsídios a atribuir pelo Instituto Nacional de Emergência Médica aos postos de emergência médica e aos postos reserva.

Estes subsídios, adiantou o dirigente, resultam “da negociação envolta em sigilo que a Liga dos Bombeiros Portugueses manteve, durante largos meses, com o Instituto Nacional de Emergência Médica e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil”.

Neste contexto, Paulo Anjos criticou o facto de “não terem sido solicitados contributos das federações e das associações humanitárias, que detêm os corpos de bombeiros”, o que resultou num acordo “desastroso, em especial para as associações humanitárias que detêm corpos de bombeiros localizados geograficamente perto dos hospitais de referência”.

O despacho, em vigor a partir de 1 de novembro, acrescentou Paulo Anjos, “é altamente penalizador para o corpo de bombeiros e colocará em causa a viabilidade financeira da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Setúbal no que à emergência médica e socorro pré-hospitalar diz respeito”.

O dirigente revelou ainda que a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Setúbal vai contestar a decisão junto da Liga dos Bombeiros Portugueses uma vez que, defendeu, “o despacho, bem como o acordo tripartido que lhe deu origem, deverá ser imediatamente revogado”, e, posteriormente, serem “retomadas negociações para encontrar soluções que não sejam penalizadoras para os bombeiros voluntários”.

A cerimónia contou ainda com intervenções do comandante dos Bombeiros Voluntários, Ricardo Luís, do presidente da Assembleia-Geral da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Setúbal, Brissos Lino, e do vice-presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, Eduardo Correia.

Além da formatura no exterior do quartel, a cerimónia protocolar contou com a homenageou a um conjunto de bombeiros voluntários pelo percurso realizado em prol da população, com a atribuição de louvores e condecorações.

O 138.º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Setúbal, assinalado a 19 de outubro, incluíram, neste dia, o hastear da bandeira nos quartéis em Setúbal e em Azeitão, assim como uma romagem ao cemitério de Nossa Senhora da Piedade para deposição de flores no talhão dos bombeiros.